Um levantamento inicial produzido pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), juntamente com a Polícia Federal , permitiu às Forças de Segurança delimitarem como se deram as fugas dos membros do Comando Vermelho , Rogério da Silva Mendonça (vulgo Querubim, Chapa ou Cabeça de Martelo ou Martelo) e Deibson Cabral Nascimento (conhecido como Tatu, Deisinho ou Deicinho), ocorridas na madrugada dessa quarta-feira (14) no presídio federal de Mossoró-RN.

A apuração constatou que Rogério e Deibson escaparam por volta de 3h da madrugada, quando os dois escalaram uma das luminárias e tiveram acesso ao teto. Em seguida, eles cortaram a cerca e pularam para a área externa. Como o presídio não possui muro de contenção, os dois empreenderam fuga rapidamente.

Foto: Divulgação/Secretaria Nacional de Políticas Penais
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, fugitivos procurados pela Interpol

Porém, antes de obterem êxito na empreitada inédita em presídios federais do Brasil, Rogério da Silva e Deibson Cabral conseguiram, de modo ainda inexplicável, passar por, pelo menos, 03 portas (a da cela, do corredor e do pátio). E o mais intrigante de tudo, sem ser captados pelo Circuito Fechado de TV (CFTV).

Em função disso, a Polícia Federal não descarta a possibilidade de cooptação ou falha humana, fato que poderia explicar tanta facilidade em meio a um conjunto de ações que dificultam fugas nas estruturas federais.

Obra no presídio

Para o Ministério da Justiça, uma obra que estava sendo realizada no pátio do Presídio Federal pode ter, de algum modo, contribuído para o sucesso da empreitada criminosa, tendo em vista que em função dos trabalhos que estavam sendo realizados no local, um detector de metais estava desativado e os policiais penais não estavam passando pelo procedimento, dessa forma, qualquer material terminantemente proibido poderia entrar no estabelecimento prisional.

Interpol

Segundo o Ministério da Justiça, os nomes de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram incluídos no Sistema Difusão Laranja, da Interpol, com a finalidade de alertar autoridades de outros países sobre os riscos iminentes à Segurança Pública e no Sistema de Proteção de Fronteiras.