Após a coletiva de imprensa do diretor do Flamengo, Marcos Braz, sobre a discussão com um torcedor no BarraShopping, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (19), agora o entregador envolvido na confusão, Leandro Campos, apresentou sua versão da briga com o vice-presidente de futebol do clube carioca.
“Eu estava passeando no shopping, eu trabalho ali. Sou entregador e trabalho de bicicleta. O vi dentro da loja e falei a seguinte palavra: 'Marcos Braz, sai do Flamengo'. Virei as costas e saí andando em diagonal no shopping. Percebi que ele estava vindo atrás de mim porque a lojista gritou: 'Menino, ele está indo atrás de você'. Ele estava vindo de punho cerrado, virei de frente para ele, que deu um passo para trás, se desequilibrou e caiu. Ele então puxou minhas pernas e foi o momento que caí também. Ele caiu sobre minha virilha, pegou e me mordeu”, relatou Leandro.
Leandro afirmou durante a entrevista que, em momento algum, ameaçou Marcos Braz ou sua filha. O dirigente rubro-negro repetiu diversas vezes esta versão durante sua coletiva e estas falas não constavam no primeiro depoimento colhido pela polícia.
“Enquanto isso veio um amigo dele e começou a efetuar chutes na minha cabeça. Nesse momento os seguranças do shopping intervieram, o tiraram de cima de mim. A própria moça da loja o tirou de cima de mim também. Em nenhum momento eu o agredi. As palavras exatas que falei foi 'Marcos Braz, sai do Flamengo'. Falei exatamente isso, virei as costas e andei. Em nenhum momento fiz ameaças a ele ou à filha dele. Em nenhum momento. Sobre a mordida, eu sei que foi ele porque ele estava com a cabeça sobre a minha perna. Eu o vi mordendo. O amigo dele me chutou ainda", reiterou o entregador.
Leandro relata não ter conhecimento dos outros dois torcedores que foram falar com Marcos Braz no mesmo shopping. A advogada dele, Ana Luizi, afirmou que seu cliente entrará como representações nas esferas criminal e cível contra Marcos Braz e André, que o chutou na cabeça. De acordo com ela, seu cliente tem sofrido constrangimento e está impossibilitado de trabalhar por temer represálias na rua.
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