Após velório realizado na sede da CBF , o corpo do tetracampeão mundial Zagallo chegou ao Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e foi enterrado na tarde deste domingo (07). Coberto pela bandeira da seleção brasileira, o caixão foi transportado pelo caminhão do corpo de bombeiros e foi escoltado pela Polícia Federal.
O caixão chegou por voltas das 16h30, meia depois do horário combinado e o sepultamento foi privado a amigos e familiares. Com a presença de personalidades do futebol, o velório foi aberto ao público e o corpo do ex-jogador ficou ao lado de sua estátua de cera e das cinco taças da Copa do Mundo. A cerimônia começou na manhã deste domingo (07) e durou até cerca de 14h.
Morte de Zagallo
O ex-jogador, técnico e coordenador faleceu às 23h41 no Hospital Barra D'Or, na zona oeste do Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla de órgãos, decorrente da progressão de múltiplas comorbidades, aos 92 anos. Ele estava internado desde o dia 26 de dezembro no mesmo hospital. Com o avançar da idade, a saúde de Zagallo vinha fragilizada há alguns anos. Sua última internação ocorreu em setembro de 2023, permanecendo hospitalizado por aproximadamente 20 dias devido a uma infecção urinária.
História e legado do Velho Lobo
Nascido em Maceió, no dia 9 de agosto de 1931, Zagallo se mudou para o Rio de Janeiro enquanto ainda era bebê, onde morou com a família na Tijuca, a poucos metros do que se tornaria o palco da sua vida, o Maracanã.
Enquanto atuava na base do América, seu primeiro time, Zagallo também serviu ao Exército, o que acabou lhe levando à sua primeira Copa do Mundo, aos 19 anos. Na ocasião, ele foi escalado para trabalhar na segurança do jogo e presenciou a derrota do Brasil para o Uruguai na final, enquanto o Velho Lobo assistia à partida nas arquibancadas.
A lenda do Clube de Regatas do Flamengo entrou para o time em 1950, período do pontapé na carreira profissional. Defendendo o clube do coração com todas as garras, Zagallo trouxe para o Flamengo a vitória de três campeonatos cariocas, de 1953, 1954 e 1955.
À frente da Seleção Brasileira, o maior vencedor de Copas do Mundo ganhou títulos como jogador, em 1958 e 1962. Mas não parou por aí, o Velho Lobo também alcançou a façanha de taças como treinador e auxiliar técnico, nos anos de 1970 e 1994, respectivamente.
Por conta do feito, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) lhe concedeu a mais alta honraria de Ordem de Mérito da entidade, em 1992.