O presidente Lula (PT) saiu em defesa do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado pela Polícia Federal nessa quarta-feira (12), por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sob suspeita de participação em um esquema de desvio de recursos públicos.
O mandatário disse que vai conversar com Juscelino Filho nesta quinta-feira (13) e “tomará uma decisão”, e ressaltou que o ministro “tem o direito de provar que é inocente”.
“Eu acho que o fato de o cara estar indiciado não significa que o cara cometeu um erro. Significa que alguém está acusando e a acusação foi aceita. Agora, eu preciso que as pessoas provem que são inocentes. E ele tem o direito de provar que é inocente. Eu não conversei com ele. Vou conversar hoje e vou tomar uma decisão sobre esse assunto”, declarou o presidente da República, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Ministro se defendeu
A investigação, que resultou no indiciamento de hoje, deveria buscar a verdade, mas parece que se desviou do seu propósito. Uma ação previsível, que parte de uma apuração que distorceu e ignorou fatos e nem ouviu a defesa sobre o que de fato estava sendo investigado. pic.twitter.com/l6CYvUejbJ
— Juscelino Filho (@DepJuscelino) June 12, 2024
Em vídeo publicado nas redes sociais, Juscelino Filho disse que o inquérito da PF, que resultou no seu indiciamento, “se desviou do seu propósito” e distorceu e ignorou fatos. “Infelizmente, durante o meu depoimento não fui questionado sobre o objeto da investigação, sem espaço para um maior aprofundamento, e isso levanta dúvidas sobre a isenção e repete o modus operandi que já vimos acontecer na Operação Lava Jato, que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes”, ressaltou o ministro das Comunicações.
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