O ex-deputado estadual Luciano Nunes (PSDB) criticou, nessa sexta-feira (30), o pedido feito pelo governador Wellington Dias (PT) ao Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) para afastar o conselheiro Luciano Nunes Santos, pai do ex-parlamentar, dos processos que envolvem o Executivo Estadual no órgão.
O pedido de Wellington se deu justamente pelo grau de parentesco entre os dois, já que Luciano Nunes Filho concorreu em 2018 ao Governo do Estado do Piauí.
- Foto: Lucas Dias/GP1Luciano Nunes
Para o ex-deputado, o objetivo do governador é intimidar os órgãos de controle. “O governador mostra uma face intimidatória contra uma Corte de Contas, um órgão de controle, assim como já fez também com o Ministério Público Estadual. Parece que o governador não suporta críticas. Nós vivemos em um estado democrático de direito onde a liberdade, e sobretudo a liberdade de expressão, são os pilares desse estado democrático de direito. Nós vamos continuar exercendo o nosso papel de oposição, criticando e apresentando as falhas do seu governo”, afirmou.
O ex-deputado ainda comentou sobre o fato do governador pedir o afastamento de outros técnicos do TCE. Para Luciano Nunes, o pedido de Wellington Dias não faz sentido, já que muitos conselheiros do tribunal possuem um passado na vida política.
“Não vejo nenhuma razão e sentido [no pedido], pois o tribunal é composto, em sua maioria, por ex-políticos. Todos têm algum tipo de vinculação e se for seguir essa linha do governador, então eu vejo até como uma forma de esconder o verdadeiro objetivo, já que ele quer colocar em suspeição um técnico do Tribunal de Contas. A informação que eu tive é que ele pediu a suspeição de 4 técnicos do Tribunal de Contas, então não há nenhum sentido, do que querer intimidar os órgãos de controle”, destacou.
Luciano Nunes disse já conferiu a prestação de contas de 2018 do governo e afirmou que várias irregularidades foram constatadas. “O relatório do governo mais parece uma ficha corrida. Mais parece o Código Penal descrito, com diversas irregularidades, crimes, como o não empenho da folha de pagamento do estado no valor de R$ 900 milhões, desvio do dinheiro do Finisa para pagar outras despesas do governo, superfaturamento de obras, enfim, um relatório bastante contundente, baseado em informações prestadas pelo governo e avaliadas por técnicos do tribunal, o que reforça mais ainda esse hábito de ameaça e intimidação do governador”, criticou o ex-deputado.
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