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Sílvio Mendes diz que situação da saúde no Piauí é caótica

Em entrevista exclusiva, Sílvio Mendes falou sobre educação, saúde, segurança e as privatizações que estão sendo realizadas por Wellington.O ex-prefeito não poupou críticas à administração pe

Em entrevista exclusiva ao GP1, o ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes, que atualmente está sem partido, falou sobre como avalia a gestão do prefeito Firmino Filho (PSDB) e do governador do Piauí Wellington Dias (PT).

Sílvio Mendes falou sobre educação, saúde, segurança e as privatizações que estão sendo realizadas pelo governo estadual. O ex-prefeito não poupou críticas à administração petista, explicando que decidiu falar sobre esses assuntos, porque “não tenho partido, não tenho sequer pretensão de ser candidato, mas quero garantir o meu direito como cidadão. Minha voz é muito pequena, pouco para fazer [algo]. Me parece que a população está concordando com isso [que tem sido feito], mas a gente não pode calar, até porque depois gente pode ser cobrado por não ter falado algo”


Em entrevista conduzida pela jornalista Germana Chaves, você confere o vídeo completo com as declarações de Sílvio Mendes sobre a administração da capital e estadual.

Confira os principais pontos tratados na entrevista:

Educação

Sobre como avalia a educação pública na capital e no Estado, Sílvio Mendes disse que Teresina tem se destacado por garantir uma boa educação, conseguindo destaque nacional, diferente da educação estadual.

“Teresina tem tido muita sorte, primeiro pelo ensino privado. Olha que coisa bonita, temos as melhores escolas privadas do Brasil e isso não é pouca coisa. Na educação pública, no ensino fundamental ela se destaca e atualmente o Ministério da Educação destacou que Teresina tem o melhor ensino fundamental entre as capitais brasileiras. É uma obra que se deve ao Kleber [Montezuma], sua equipe e ao prefeito Firmino Filho. Agora no Estado, temos aí a Uespi e o que eles têm para comemorar? Não tem muito a comemorar, mas é preciso torcer para que o ensino médio melhore a qualidade, para que a Uespi cumpra a sua missão e para que se dê oportunidade para a população mais pobre”, afirmou.

Questionado sobre o que está faltando para melhorar, ele afirmou que é “compromisso. Decisão política”.

Saúde

Para o ex-prefeito de Teresina, a situação da saúde é caótica e afirmou que a capital tem levado nas costas a responsabilidade por atender boa parte da população estadual, sem ajuda do governo, e disse que os hospitais públicos localizados no interior do Piauí não estão dando conta.

“É preciso ter a compreensão de que o Estado precisa participar de forma efetiva e não na conversa, na palavra, que não é cumprida. Hoje vou dizer que não cumpre. A estrutura dos hospitais regionais é caótica, de desespero. Aí não se pode colocar culpa nos médicos e enfermeiros, pois é questão de estrutura física, os recursos humanos não são suficientes. A maioria dos fornecedores de insumos para a saúde, não vendem para a secretaria de saúde do estado. É uma situação desesperadora. Aí as pessoas que não precisariam vir para Teresina, estão vindo, aumentando o sofrimento, as despesas e sobrecarregando o sistema e aí isso é ruim para todo mundo”, criticou.

Sílvio Mendes disse que o Estado não tem ajudado a capital. “O Estado tem que repassar para os municípios um valor pequeno para ajudar no financiamento da atenção primária, a saúde da família. Ele não repassa, atrasa. Só para Teresina está devendo mais de R$ 30 milhões e isso faz muita falta. Então é muito ruim e deixa de se cumprir a lei. O HUT jamais deveria ter sido construído e gerenciado pelo município, pois é para gerenciar o Estado inteiro. O governo do estado não deu um centavo para o HUT, que foi feito com recursos do Ministério da Saúde e da Prefeitura de Teresina”, destacou.

Para o ex-prefeito a questão política interfere nesse assunto. “A gente cansou de pedir para o governador que ele deixasse a questão política de lado, pois não é questão de eleição. Esse governo foi reeleito e só depois de 7 meses que nomearam os diretores dos hospitais. Ou seja, talvez o interesse público talvez não seja importante. Não se pode misturar isso com política”, afirmou.

Segurança

“A gente está se acostumando a ser assaltado. Isso tem várias causas, principalmente a droga e a impunidade. Então é preciso trabalhar nas causas. Temos um aparelho repressor, Polícia Civil e Militar, temos uma quantidade do tempo do governo Freitas Neto. Tem cidade que não tem policiais. Um delegado que responde por várias cidades. Como cidadão eu reclamo disso, mas nós estamos nos acostumando com isso, porque a gente se acostuma com tudo”, lamentou.

Privatizações

Para Sílvio Mendes, as Parcerias-Público Privadas realizadas pelo governo estadual vão contra o que o Partido do Trabalhadores sempre criticou. Destacou ainda que muitos dos órgãos privatizados melhoraram, pois os serviços prestados pelo governo não eram bons.

“Eu assisti o governo atual do PT fazer campanhas em cima de partidos que defendem privatizações e parcerias com o setor privado. Eles ganharam porque demonizaram isso e ficou como uma coisa ruim, mas o mundo da tantas voltas e a verdade surge. O que estamos vendo hoje no Piauí? Eles privatizaram a Agespisa. Quando eu quis fazer isso, quase que o mundo caiu, mas eles acabaram fazendo isso. Agora que a Agespisa foi privatizada, eles dobraram a rede de abastecimento, que antes estava com 17% e hoje está com mais de 30%”, disse Sílvio Mendes.

O ex-prefeito ainda afirmou “que privatizaram a água, a energia, a Rodoviária, o Verdão, quiseram até cercar uma praça na frente do Verdão que não pertence ao Estado, privatizaram a Ceasa, o BEP então, o que está faltando? Todo o patrimônio construído pelo Piauí está sendo distribuído. Isso é todo ruim? Não, pois mostraram que as gestões públicas do Piauí era ruim, pois por exemplo, a Ceasa melhorou, agora está limpa, a Cepisa está melhorando a rede de energia, então prova que esses órgãos que antes eram público, melhorou”.

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