Partidos saíram em defesa do presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), após a crise instalada com o governo de Jair Bolsonaro que fez com que ele ameaçasse se afastar da articulação para a reforma da Previdência.
O líder do PPS no parlamento, Daniel Coelho (PE), disse que o governo não pode gerar ruídos. "Temos um assunto que já é muito difícil por si só que é a Previdência", disse. "Algumas declarações em redes sociais, seja do presidente ou do filho dele, não contribuem", afirmou ao Estado/Broadcast.
Em um gesto de apoio a Maia, o PPS recebeu o presidente da Câmara em sua convenção nacional realizada hoje em Brasília. Ele passou rapidamente pelo evento, acompanhado do deputado Alex Manente (PPS-SP), com quem tem agenda em São Paulo ainda hoje.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoRodrigo Maia
Mais cedo, o PSD emitiu uma nota com apoio enfático a Maia e para expressar "seu veemente repúdio aos ataques desferidos nas mídias sociais contra ele". Para a bancada do PSD na Câmara, os ataques gratuitos à pessoa do presidente Rodrigo Maia, além de agredir covardemente a sua dignidade pessoal e política, buscam erodir, sobretudo, o Poder Legislativo, esteio do regime democrático e fundamento da República", diz o partido.
O líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), acompanhou de perto a movimentação de Maia nos últimos dias e disse que ele foi "cirúrgico e correto". "Maia tem a previdência como foco. Não é reforma do presidente, ele tem essa defesa desde sempre", afirmou Lira. Para o líder do PP, falta ao governo deixar mais claro quais são suas metas, "para onde ele vai", disse.
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