Nesta terça-feira (20), a Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) rejeitou por 10 votos a 9, o relatório da Reforma Trabalhista. Esse resultado significa uma derrota para o Planalto. Mesmo assim, o projeto segue normalmente para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
No lugar do parecer do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), a comissão aprovou um texto alternativo, do senador oposicionista Paulo Paim (PT-RS).
De acordo com o Estadão, a base e a própria oposição se surpreenderam com o placar. Senadores governistas trabalhavam com a expectativa de que o texto pudesse ser aprovado por placar de 11 a 8 ou com vantagem de 12 a 8, conforme o quórum da votação.
- Foto: Andressa Anholete/Estadão ConteúdoPlenário do Senado
O governo descartou a possibilidade de acelerar o processo, mas, caso seja necessário, um acordo de líderes pode encurtar o calendário, o que levará o assunto diretamente ao plenário.
Nesta quarta-feira (21), o projeto irá para a CCJ, onde será apresentado o parecer do relator do tema nessa Comissão, Romero Jucá (PMDB-RR), e deverá ser concedida vista coletiva.
O líder do governo no Senado tem forte atuação sobre o tema e acompanha todas as sessões que avaliam e debatem a reforma trabalhista na Casa. Jucá tem agido para tentar anular qualquer estratégia da oposição que tente atrasar a tramitação.
O líder do governo diz que o calendário combinado com a oposição será seguido à risca com votação da CCJ na manhã da quarta seguinte, 28. Após a votação, o texto pode ir ao plenário para a última etapa antes da sanção presidencial.
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