Nesta quarta-feira (14), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, determinou que um dos cinco inquéritos abertos para investigar o envolvimento do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) com irregularidades narradas nas delações premiadas da empreiteira Odebrecht seja retirado do âmbito da Operação da Lava Jato e que seja feito sorteio de um novo ministro relator para o caso.
A ministra atendeu ao pedido do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoCarmén Lúcia
O inquérito retirado da Lava Jato apura suposto pagamento de vantagens indevidas pela Odebrecht, a pedido de Aécio, para campanhas dele, do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), do ex-deputado Pimenta da Veiga (PSDB-MG) e do deputado Dimas Fabiano Toledo Júnior (PP-MG).
De acordo com o G1, ao formular o pedido, Fachin concordou com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que afirma que a investigação não tem relação com a Operação Lava Jato, já que esta apura fraudes no âmbito da Petrobras.
Segundo o ministro, os fatos "ao menos por ora, em nada de relacionam com o que se apura na referida operação de repercussão nacional", disse o Fachin referindo-se a Lava Jato.
Desde maio, Aécio Neves está afastado do mandato, por determinação de Fachin, em razão das informações passadas pelo empresário Joesley Batista, em delação premiada na Operação Lava Jato.
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