O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reiterou nesta segunda-feira (09), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido de prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Além disso, ele também se manifestou pela manutenção das prisões da irmã de Aécio, Andrea Neves, do primo, Frederico Pacheco, e do assessor parlamentar e cunhado do senador Zeze Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima.
De acordo com informações do G1, o procurador-geral afirmou eu a prisão preventiva é imprescindível para a garantia da ordem pública. Segundo ele, "são muitos os precedentes do Supremo Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva para impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar certos delitos enquanto responde a inquérito ou processo criminal, desde que haja prova concreta do risco correspondente".
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoAécio Neves
Ele disse ainda que "não bastasse toda essa narrativa, vislumbra-se grande probabilidade de que a lavagem de parte dos R$ 2 milhões recebidos da propina paga recentemente pela J&F com participação direta de todos os requeridos ainda esteja em curso".
"O contexto narrado evidencia haver, no caso concreto, habitualidade criminosa de longa data - verdadeiro profissionalismo dos requeridos - no cometimento de crimes de corrupção passiva e de lavagem de capitais, circunstância essa que acentua sua gravidade e reforça a necessidade da prisão preventiva", argumenta.
No dia 18 de maio, o ministro Edson Fachin negou o pedido de prisão de Aécio Neves. A PGR apresentou recurso, que ainda será analisado pelo plenário do Supremo. Em nota, o advogado Alberto Toron, que faz a defesa de Aécio Neves, afirmou que "refuta integralmente o teor da denúncia", segundo ele, oferecida com "incomum e inexplicável pressa pela PGR, antes mesmo de o senador ter oportunidade de ser ouvido para prestar os esclarecimentos solicitados".
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