O Aeroporto de Congonhas, localizado em São Paulo, foi tomado por manifestantes na manhã de hoje (04). Isso porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado para a sede da Polícia Federal que fica no local, para prestar depoimento acerca de investigações sobre esquemas de corrupção no governo.
Vale ressaltar que a condução coercitiva de Lula faz parte da 24ª fase da Lava Jato deflagrada hoje pela PF e batizada de Operação Aletheia, que significa “busca da verdade” em grego. A ação da polícia aconteceu logo após o vazamento da suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral, revelado ontem pela revista ‘Isto É’.
Segundo a Veja, alguns políticos se fizeram presentes em defesa do ex-presidente, como o deputado estadual Devanir Ribeiro, o ex-deputado Professor Luizinho e um vereador de São Paulo Jamil Murad. Centenas de pessoas se aglomeraram no aeroporto, divididos em grupos pró e anti-Lula.
Também teve protestos em frente ao prédio onde Lula mora. Segundo o G1, a via ficou totalmente bloqueada por causa e a manifestação foi marcada por tumulto causados por grupos contra e a favor do ex-presidente. Um fotógrafo de 50 anos chegou a ser agredido por sindicalistas e uma mulher teve o carro danificado por manifestantes a favor do ex-presidente.
Operação Aletheia
De acordo com o Ministério Público Federal (PMF), a ação foi deflagrada para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras, praticados por meio de pagamentos dissimulados feitos por José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht ao Lula e pessoas associadas.
Há evidências de que o ex-presidente recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento triplex e do sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-Presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras, e também sobre o financiamento de obras no valor de R$ 700 mil em um apartamento no qual teria sido pago R$ 400 mil para a omissão do mesmo.
Ver todos os comentários | 0 |