O deputado estadual Wilson Brandão (PSB) afirmou nesta terça-feira (27) que o governador Wellington Dias (PT) saiu com a imagem desgastada após a votação da PEC de nº 003/2016 que limita os gastos públicos em 10 anos no Piauí. Além do governador, os próprios deputados estão sendo criticados após a votação do projeto.
Wilson Brandão acredita que isso é normal e afirmou que o deputado não trabalha só para conseguir aplausos.“Há um desgaste político [do governador e dos deputados]. A PEC mexe com servidores, o índice da previdência, mas quem é eleito para a Assembleia deve ter o bônus e o ônus. Acho que esse momento é do ônus. Nós temos que ter a responsabilidade de saber que precisa ter esse ajuste fiscal. Não podemos ter aqui apenas aplausos. Chega um momento que temos que aprovar aquilo que a gente vê que é necessário para o Estado. Está aqui te falando um deputado de oposição”, afirmou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Wilson Brandão
Wilson Brandão acredita que se o governador tivesse conversado com as classes não haveria tanta polêmica. “Acredito que foi feito tudo de forma responsável, discutida, trabalhada na Assembleia, é uma pena que tenha havido pouca discussão entre o Governo do Estado e as classes. Acho que houve uma falta de comunicação do governo, mas as medidas eram necessárias. O governador teve a coragem de mandar as mensagens para cá, e a Assembleia teve a coragem de aprovar, melhorando alguns pontos. O que teve foi uma falha de comunicação do Governo com os sindicatos e movimentos sindicais”, disse.
Ele acredita que o Estado poderia ficar com um alto déficit se não fosse aprovada a proposta. “Porque o Rio de Janeiro quebrou? Rio Grande do Sul quebrou? Minas Gerais também? O Piauí está no mesmo caminho porque está anos a fio tendo déficits anuais no seu orçamento. Então tentamos, o governo e oposição, para que em um futuro próximo possamos aos poucos resgatar o equilíbrio fiscal do estado”, disse.
O deputado disse esperar que 2017 seja um ano melhor para o país. “Em 2016 tivemos o impeachment da presidente Dilma, estamos com um presidente que não tem respaldo popular, tivemos o problema da Lava-Jato, a crise do estados, pior que 2016 não vai ser não. A tendência é que a mola bata no fim do poço e jogue o Brasil para cima”, finalizou o deputado ao GP1.
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