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Política

Heráclito rejeita participar da comissão que julgará impeachment

"Eu tenho uma posição firmada e não seria honesto de minha parte aceitar representar o meu partido nessas condições", justificou o parlamentar.

Declaradamente a favor do impeachment da presidente Dilma, o deputado Heráclito Fortes (PSB) rejeitou a indicação do seu partido para participar na comissão que vai analisar o pedido. “Eu tenho uma posição firmada e não seria honesto de minha parte aceitar representar o meu partido nessas condições, porque eu acho que os escolhidos devem ser pessoas que vão analisar os processos e as fundamentações”, disse Heráclito, ao justificar a sua opção e reforçando o seu posicionamento em favor do impeachment da presidente.

“Nessa questão eu sou radical porque o mal que esse partido fez ao Brasil nos últimos anos tem que ser interrompido, tem que ser estancado, não pela via emocional, mas pela via jurídica, cumprindo toda a sua tramitação”, disse.
Imagem: Rayane Trajano/GP1Heráclito Fortes(Imagem:Rayane Trajano/GP1)Heráclito Fortes
Para Heráclito, a oposição já tem uma posição definida e a briga está na base do Governo, questão que precisa ficar esclarecida. Segundo o parlamentar, a não realização da sessão que instalaria a Comissão para analisar o impeachment da presidente não aconteceu nesta segunda-feira, como estava previsto, porque houve dificuldades da base do Governo de compor o colégio de representantes. “Não adianta mentir. Esses fatos hoje são transparentes. O brasileiro está acompanhando passo a passo esses episódios porque essa incerteza do Brasil está doendo no bolso do assalariado”, afirmou.

Heráclito também chamou de histeria coletiva a postura de alguns setores da base do Governo que insistem em tratar o impeachment da presidente Dilma como um golpe. “Isso cheira a desespero. O Lula pediu o impeachment do Collor. O PT pediu o impeachment do Itamar Franco e pediu três vezes o impeachment do Fernando Henrique. Em nenhuma dessas vezes, falou-se em golpe. Esse pessoal precisa aprender que o impeachment está inserido na nossa Constituição desde a década de 1950", disse.

Segundo o parlamentar, o processo de impeachment é doloroso, mas é necessário e que não vai funcionar a tentativa de blindar a presidente de responsabilidades. “Não adianta dizer que nada pega a Presidente Dilma Rousseff. Se acham que as pedaladas são discutíveis, a Medida Provisória do IPI faz com que seja condenada. Como Ministra-Chefe da Casa Civil, recebeu do Presidente da República a solicitação da MP do IPI, que mandou para a sua chefe de gabinete, dona Erenice, que a mandou para o escritório do Sr. Alexandre Paes dos Santos. Este é o fato. Na questão de Pasadena, ela era Presidente do Conselho da Petrobras”, concluiu Heráclito, para quem “o Brasil cansou do PT, um pouco tarde, mas numa hora boa”.

PSD

Imagem: Lucas Dias/GP1Júlio César Lima(Imagem:Lucas Dias/GP1)Júlio César Lima
O deputado federal piauiense, Júlio César Lima (PSD), vai integrar a comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma. Ele foi indicado pela direção do partido, que tem o ministro Gilberto Kassab como seu presidente.

Pedido

A decisão de acolher o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff apresentado por Helio Bicudo, fundador do PT, pelo jurista Miguel Reale Junior, e pela advogada Janaina Paschoal, foi tomada pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no início da noite da última quarta-feira (02)

O documento traz uma série de alegações técnicas e jurídicas para sustentar os argumentos de que a petista deve perder o cargo por ter cometido crimes de responsabilidade ao incidir na prática das chamas pedaladas fiscais.

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