O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) voltou a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela venda de usinas termoelétricas da Eletrobras aos irmãos Joesley e Wesley Batista . Em vídeo publicado nas redes sociais, ele acusou o governo de praticar corrupção por meio da negociata.
Ciro apontou ilegalidades no negócio fechado pelo governo com os irmãos que ficaram conhecidos como alguns dos alvos da Operação Lava Jato, chegando a ser presos pela Polícia Federal. Assista ao vídeo:
“Esse tipo de corrupção, o negócio dos irmãos Batista é uma esculhambação sem tamanho. O Lula vendeu doze termoelétricas que eram bichadas, que ninguém queria comprar, para os irmãos Batista, mas pegou o prejuízo e entregou espetando na conta de luz do povo brasileiro, e depois transformou o passivo, a dívida da Amazonas Energia em ação da Eletrobras”, afirmou Ciro Gomes.
O ex-governador do Ceará também mencionou a situação da Eletrobras e analisou a gestão da estatal. “A Eletrobras foi entregue pelo Bolsonaro para o mesmo trio de fraudadores das lojas Americanas, vou dizer os nomes: Jorge Paulo Lemann, [Carlos Alberto] Sicupira e [Marcel] Telles, assumiram o controle da Eletrobras com menos de dois por cento do capital votante. O Bolsonaro fez esse trambique e o Lula passou a mão por cima. Estão todos comendo no mesmo cocho”, completou Ciro Gomes.
Negócio com os irmãos Batista
Os donos do grupo J&F compraram 12 usinas termelétricas da Eletrobras, que vendem energia para a Amazonas Energia, uma distribuidora que estava deficitária e não pagava por essa energia desde novembro do ano passado. Por meio de uma medida provisória, o governo transferiu as dívidas da Amazonas Energia para o Encargo de Energia de Reserva (EER), que será cobrado nas contas de luz.