O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados irá ouvir, nesta terça-feira (16), o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), no processo que pode levar à cassação do seu mandato. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, crime ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro.

Na reunião marcada para as 14h, o colegiado também irá ouvir testemunhas de defesa indicadas por Brazão, são elas: Domingos Brazão, irmão de Chiquinho e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro; Thiago Kwiatkowski Ribeiro, conselheiro e vice-presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro; Carlos Alberto Lavrado Cupello, ex-deputado estadual; e Daniel Freitas Rosa, delegado da Polícia Civil do RJ.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Chiquinho Brazão

O deputado responde a processo impetrado pelo PSOL, que tem como relatora a deputada Jack Rocha (PT-ES).

Prisão

Chiquinho Brazão está preso desde março e nega todas as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo ele, os debates que manteve com Marielle Franco na Câmara Municipal do Rio de Janeiro não podem ser utilizados como motivo para ligá-lo ao crime.

Rivaldo Barbosa

Nessa segunda-feira (15) o Conselho de ética ouviu o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, preso sob a acusação de comprometer as investigações do assassinato. Ele negou diversas vezes qualquer relação com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e culpou a milícia pelo crime

Segundo Barbosa, a milícia é um “câncer” no Rio de Janeiro. “Eu lutei muito contra essas milícias e hoje estou aqui em razão disso”, afirmou.