O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu arquivar, nesta quarta-feira (19), por 14 votos a 4, representação do Partido Liberal contra a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), acusada de chamar a família Bolsonaro de “familícia” e xingar de “bandidos” o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A maioria do colegiado aprovou parecer do relator da representação, deputado Júlio Arcoverde (PP-PI). Na avaliação dele, as falas da deputada não ferem o decoro porque ela se manifestou politicamente durante o debate parlamentar.
O embate entre a deputada do PSOL e os filhos de Bolsonaro ocorreu durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em dezembro do ano passado, quando os deputados analisavam o Projeto de Lei 3283/21, que inclui o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em uma lista de organizações terroristas. Na ocasião, Fernanda Melchionna também discutiu com os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e Coronel Meira (PL-PE).
Deputado questiona arquivamento
Contrário ao arquivamento do processo, o deputado Coronel Meira questionou a decisão do Conselho de Ética e cobrou um pedido de desculpas de Melchionna, alegando ter sido chamado de “bandido”. Por sua vez, a parlamentar do PSOL negou que tenha xingado o deputado do PL. “Não vou pedir desculpas por algo que não fiz. Chamei de bandidos os filhos de Bolsonaro, e reafirmo, está nas notas taquigráficas”, afirmou.