Em entrevista ao GP1 , o deputado estadual João Mádison , líder do MDB na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) , disse que o partido está tranquilo com o fato do PSDB ter pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão do resultado da eleição do também emedebista Severo Eulálio , como próximo presidente da Casa Legislativa

Para o parlamentar, se o pedido for acatado, Severo Eulálio conseguirá se reeleger com tranquilidade. “O momento hoje da Assembleia é de tranquilidade e o MDB está tranquilo com relação a isso. Se, porventura, tiver uma liminar sustando a eleição, nós faremos uma nova eleição, o Severo continua candidato a presidente, repete-se a mesma chapa e resolve o problema”, disse João Mádison.

Foto: Lucas Dias/GP1
Deputado João Madison, líder do MDB na Assembleia Legislativa do Piauí

Além disso, o parlamentar ressaltou que é um desejo do governador Rafael Fonteles que PT e MDB se sucedam na presidência da Alepi, portanto, seria natural a sucessão de Franzé Silva por um quadro emedebista. "E isso é o que o governador Rafael Fonteles quer, ele quer que sejam dois anos o PT, dois anos o MDB. Então, não tem motivo para criarmos alvoroço em relação a isso. Eu, como líder do partido, vou trabalhar para que se viabilize isso [nova eleição de Severo]”, finalizou Mádison.

Foto: Alef Leão/GP1
Franzé Silva (PT), atual presidente da Alepi (à esquerda), e Severo Eulálio (MDB), eleito presidente da Alepi para o biênio 2025-2026 (à direita)

Entenda

O PSDB acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão dos resultados das eleições da Mesa Diretora para o segundo biênio da legislatura de 2023-2026 da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). A Suprema Corte recebeu o pedido na tarde dessa terça-feira (30) e, caso decida dar provimento ao pedido, irá interferir diretamente na eleição do deputado estadual Severo Eulálio (MDB) como presidente da Casa Legislativa piauiense, com início do mandato a partir de 2025.

A Alepi tem dois presidentes, com mandatos de dois anos de duração, a cada legislatura (período de quatro anos que inicia com a posse dos últimos deputados eleitos e vai até a eleição subsequente). A eleição dos dois mandatários que a Casa terá acontece logo no primeiro dia do mandato de cada deputado estadual, ou seja, todo 1º de fevereiro de cada nova legislatura.

Na avaliação do PSDB, o dispositivo viola os princípios democrático e republicanos, ao comprometer a contemporaneidade das eleições e o dever de fiscalização e avaliação dos deputados estaduais pelos seus pares. “A eleição de Mesa Diretora de Casa Legislativa para o 2º biênio deve ser realizada em data razoável e próxima ao início do terceiro ano da legislatura, mantendo-se a contemporaneidade entre a eleição e o respectivo mandato”, sustentou o partido no pedido.