A Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (10), manter a prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido), preso no dia 24 de março pela Polícia Federal, sob acusação de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Foram 277 favoráveis à manutenção da prisão e 129 contra, além de 28 abstenções. Eram necessários 257 votos (maioria absoluta) para que o deputado continuasse preso.
O plenário acompanhou parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), de autoria do deputado Darci de Matos (PSD-SC), que recomendava a manutenção da prisão por crime flagrante e inafiançável de obstrução de Justiça com o envolvimento de organização criminosa.
Além de Chiquinho Brazão, também foi preso suspeito de ser mandante do crime seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi o terceiro preso, acusado de envolvimento no duplo homicídio.
O assassinato de Marielle e Anderson ocorreu em 2018, quando Chiquinho Brazão era vereador da capital fluminense. O processo somente passou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF) após ser identificado suposto envolvimento dos irmãos Brazão, que possuem foro privilegiado.