A vereadora Silvia Ferraro (PSOL) encaminhou representação à Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo, pedindo a cassação do mandato do vereador Rinaldi Digilio (União Brasil), pela homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro .
Na denúncia, Sílvia Ferraro afirmou que Digilio violou decisão judicial, ao manter a entrega do título de cidadã paulistana a esposa de Jair Bolsonaro (PL), em solenidade no Theatro Municipal de São Paulo, na segunda-feira (25).
“Leis e decisões judiciais valem para todos. Se havia uma decisão da Justiça contra a realização do evento no Theatro Municipal, o vereador deveria ter cumprido”, afirmou a vereadora, que integra a Bancada Feminista, mandato coletivo do PSOL que conta com mais quatro “covereadoras”.
Proibição
Em decisão proferida no dia 22 de março, o desembargador Martin Vargas, do Tribunal de Justiça de São Paulo, proibiu a cessão do Theatro Municipal para a realização da cerimônia de entrega do título à ex-primeira-dama. O magistrado acatou a um pedido da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e da ativista Amanda Paschoal.
Na decisão, o desembargador entendeu que a realização do evento no Theatro Municipal revela “indícios contundentes” de violação ao interesse público.
O evento, no entanto, foi mantido. Rinaldi Digilio alegou ter conseguido um empréstimo de R$ 100 mil para arcar com o aluguel do teatro.
O que diz Rinaldi Digilio
Nas redes sociais, o vereador do União Brasil afirmou que o pedido de cassação é uma perseguição política. “A perseguição, que já era grande, ficou ainda maior após eu dar o título de cidadã paulistana para Michelle Bolsonaro. Agora querem decidir o que pode ou não ser alugado, com dinheiro privado, aqui na cidade de São Paulo? É claro que essa perseguição tem ideologia, vindo daqueles que amam ditadura e censura. Não podemos aceitar”, declarou.