A deputada federal Gleisi Hoffmann , presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, criticou, nesta quinta-feira (29), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da reeleição para cargos do Poder Executivo. A proposta será apresentada no Senado Federal pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Em postagem nas redes sociais, Gleisi Hoffmann insinuou que a proposta foi concebida somente pelo fato de o PT ter vencido todas as reeleições que disputou.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Gleisi Hoffmann

“De novo a conversa sobre fim da reeleição para presidente?! Qual o sentido disso? Será pelo motivo de que o PT venceu todas que disputou?”, questionou a parlamentar.

De novo a conversa sobre fim da reeleição para presidente?! Qual o sentido disso? Será pelo motivo de que o @ptbrasil venceu todas que disputou? É positivo o Senado debater reforma eleitoral, mas se é pra mudar as regras eleitorais, por que não começar pelo voto em lista… — Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 29, 2024

Por outro lado, a presidente nacional do PT defendeu mudança nas eleições para cargos do legislativo. “É positivo o Senado debater reforma eleitoral, mas se é pra mudar as regras eleitorais, por que não começar pelo voto em lista partidária nas eleições legislativas? Esta é a mudança que pode aumentar a representatividade e a legitimidade do Poder Legislativo em todos os níveis. Reduzir distorções, fortalecer os partidos e a democracia”, completou Gleisi.

Fim da reeleição

Nessa quinta-feira (29), o senador Marcelo Castro apresentou três propostas que tratam do fim da reeleição para cargos no Executivo. Os textos também propõem o aumento na duração dos mandatos de deputados, vereadores, governadores e presidentes da República para cinco anos. Já os mandatos de senadores passariam de oito para dez anos.

Dois textos estabelecem a coincidência de datas nas eleições gerais e municipais, abrangendo vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, governadores, senadores e presidente da República. Na terceira proposta, contudo, é mantida a regra atual e os pleitos não coincidem em datas.