A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (22), a Operação Moto Perpétuo, contra um esquema de uma organização criminosa que desviou R$ 14 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao todo, 55 policiais federais e dez analistas da Receita Federal foram mobilizados para cumprir 13 mandados de busca e apreensão, em residências e empresas ligadas aos investigados em Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Balneário Camburiú (SC).
Durante a investigação, que contou com a participação da Receita Federal, foi identificado um esquema em que os criminosos utilizavam Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para fraudar licitações e desviar recursos públicos do SUS.
Além disso, foi descoberto que os envolvidos adquiriram bens em nome de terceiros, para ocultar os ganhos ilícitos e que esses bens foram registrados em nome de empresas fictícias ou de “laranjas”, com o auxílio de um advogado e um contador.
A Justiça autorizou o sequestro de dez imóveis, avaliados em mais de R$ 20 milhões, sendo que um dos apartamentos possui valor superior a R$ 10 milhões. Embora não seja de uso dos denunciados, está cadastrado em nome de empresa fictícia. Também houve apreensão de veículos de luxo e valores acima de R$ 10 mil.
Os crimes sob investigação incluem lavagem de capitais, associação e organização criminosa. As penas podem chegar até 18 anos de prisão.
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