A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda, 30, a Operação Arremedo para desarticular suposta associação criminosa voltada ao tráfico de drogas que usava um carro similar ao dos Correios para transportar carregamentos de entorpecentes. De acordo com a corporação, as diligências têm o objetivo de bloquear o patrimônio da quadrilha.
Agentes cumprem quatro mandados de prisão temporária, 12 de constrição de bens e direitos e fazem buscas em cinco endereços de São Paulo, Barueri, Mairiporã e Rio de Janeiro. Os investigados poderão ser responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, e lavagem de dinheiro.
As ordens foram expedidas pela 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem e Bens e Valores de São Paulo, que ainda quebrou os sigilos bancário e fiscal de doze pessoas físicas e jurídicas.
De acordo com a PF, levantamentos preliminares apontam o envolvimento de uma empresa investigada em movimentações atípicas de mais de R$ 63 milhões. Em razão de tal suspeita, foi determinado o bloqueio dos ativos financeiros dos investigados, com limite de R$ 7 milhões para cada uma das pessoas jurídicas e R$ 3,5 milhões para cada um dos demais alvos da ofensiva.
Os investigadores apontam que, ao longo das apurações, duas pessoas foram presas com cerca de 140 quilos de cocaína. A partir da análise de informações, inclusive relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foi possível identificar o suposto fornecedor da droga, também responsável pelo uso de duas empresas para lavagem.
Segundo a PF, o nome da ofensiva, ‘Arremedo’ faz referência à reprodução ilegal do veículo dos Correios, usado pela organização criminosa.
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