Está sendo realizada nesta terça-feira (9), a Operação Cobiça Fatal realizada pela Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU), que investiga um esquema de superfaturamento na compra de EPI’s pelas prefeituras de São Luís e José de Ribamar, no Maranhão.
A operação tem por objetivo cumprir três mandados de prisão temporária, 14 mandados de busca a apreensão, além do bloqueio de contas dos investigados. O valor calculado pela investigação como sendo do superfaturamento na compra de 320 mil máscaras de proteção é de R$ 2.306.600,00.
A compra foi feita pela Secretaria Municipal de Saúde de São Luís (Semus), durante a investigação foi constatado que as máscaras estavam no valor unitário de R$ 9,90, quando o preço médio do produto no mercado nacional é de R$ 3,17. Além disso, os documentos demonstram que poucos dias antes do processo de dispensa de licitação, a Prefeitura de São Luís havia contratado o fornecimento de máscaras do mesmo modelo junto a outra empresa pelo preço de R$ 2,90 a unidade, totalizando a quantia de R$ 980 mil, sendo uma diferença calculada em mais de 341% no valor pago.
Também está sendo investigado possíveis fraudes em processos licitatórios de empresas revendedoras desses insumos nos municípios de Timbiras e Matinha. Conforme a Polícia Federal, os investigados podem responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude em processo licitatório, superfaturamento na venda de bens e associação criminosa.
A prefeitura de São José de Ribamar disse que não houve, no âmbito da prefeitura, qualquer operação da Polícia Federal e que o conteúdo divulgado pela própria PF diz que deflagrou a operação com a finalidade de desarticular associação criminosa volta a fraude em licitações em São Luís. Ou seja, apesar de citar a cidade de São José de Ribamar, não houve investigação contra a prefeitura até o momento.
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