A Polícia Civil do Piauí deflagrou, nesta quarta-feira (13), a segunda fase da Operação Fantasma e prendeu dois funcionários do Grupo Pérola acusados de negociar o fornecimento de CNPJs falsos. Eles foram identificados como Divino Mendes de Sales e Eduardo Carlos Vieira e foram presos em Anápolis, em Goiás.
A operação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos pelo juiz da 10ª Vara Criminal de Teresina, contra uma grande empresa de distribuição do Grupo Pérola, que teria emitido centenas de notas fiscais em nome de empresas “fantasmas” sediadas no Piauí (notas fiscais ideologicamente falsas).
Além da Polícia Civil, participaram da ação o Ministério Público do Estado do Piauí, Secretaria estadual da Fazenda, Procuradoria Geral do Estado e peritos da Polícia Civil que formam o Grupo de Combate aos Crimes Tributários (GRINCOT).
De acordo com o promotor de Justiça Plínio Fontes, a fraude fiscal (emissão de notas fiscais ideologicamente falsas) gerou prejuízo aos cofres públicos no valor superior a R$ 11 milhões.
As empresas fantasmas destinatárias das notas fiscais teriam sido criadas por organização criminosa já denunciada cujos mandados foram cumpridos em 02/08/2017, na primeira fase da Operação Fantasma. Dando continuidade às investigações, os órgãos do GRINCOT observaram que as maiores emissoras de notas fiscais destinadas aos estabelecimentos “fantasmas” eram ligadas ao Grupo Pérola.
Foi constatada ainda transferência de dinheiro, em valores elevados de empregados do Grupo Pérola à pessoa acusada de ser líder da organização criminosa sediada no Piauí. O valor de tal transferência corresponde a 1% do total de notas fiscais emitidas pelo grupo a um dos CNPJs fantasmas, a S RIBEIRO PEREIRA & CIA LTDA., CNPJ 19.360.207/0001-03.
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