A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do ex-governador de Goiás e atual presidente nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Marconi Perillo . A ação policial ocorreu nesta quinta-feira (6).

A operação Panaceia foi deflagrada em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) e tem como objetivo investigar desvios de recursos públicos na área da saúde de 2012 a 2018.

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Marconi Perillo

Foram realizados mais 11 mandados de busca e apreensão pela PF, sendo dez em Goiânia e um em Brasília. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões dos alvos.

Segundo a investigação, os desvios ocorreram por meio de uma organização social que firmou contratos com o governo goiano. A instituição subcontratava empresas ligadas a políticos e administradores, conduta que é proibida.

Se defendeu

Através de uma nota, Marconi Perillo negou envolvimento nos desvios e alegou que a operação é uma “cortina de fumaça” que ocorreu logo após ter feito críticas ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), sobre a venda do Estádio Serra Dourada. O presidente do PSDB ainda afirmou já ter sido alvo de investigações semelhantes, que foram desmascaradas e criticadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Já fui vítima de outras armações e ‘operações’ encomendadas, quando todos os meus sigilos e de minha família foram devassados, na mais profunda investigação contra um político em Goiás”, afirmou Perillo. “Inclusive, essa armação foi duramente repreendida pelo STF. Eles sabem da minha inocência e idoneidade. Não encontraram e não encontrarão nada contra mim. Nunca fiz o que narram.”

Ainda segundo ele, a operação é cruel e finalizou repudiando a inclusão de seu nome na operação.