A Polícia Federal está investigando o deputado federal Jadyel Alencar (Republicanos), suspeito da prática de crimes eleitorais na campanha de 2022, quando disputou e conseguiu uma vaga na Câmara dos Deputados, ainda pelo Partido Verde (PV). A delegada Milena Soares de Sousa Caland é a responsável pela investigação.

Jadyel Alencar é investigado a pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE), que, por meio da promotora Gianny Vieira de Carvalho, encaminhou ofício à PF no dia 27 de novembro do ano passado, requisitando a instauração de procedimento para apurar eventuais irregularidades na campanha do parlamentar.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1
Jadyel Alencar

O deputado é suspeito de praticar crimes de falsidade ideológica eleitoral e/ou apropriação de valores destinados ao financiamento eleitoral, devido a indícios de irregularidades encontradas em sua prestação de contas, diante da identificação de doadores de campanha cuja renda formal conhecida é incompatível com o valor doado.

Inicialmente, o caso estava sob responsabilidade da Procuradoria Regional Eleitoral, entretanto, em maio do ano passado o procurador Regional Eleitoral Marco Túlio Lustosa Caminha declinou da atribuição e encaminhou os autos à Promotoria Eleitoral da 98ª Zona Eleitoral, pelo fato de as supostas irregularidades serem relativas à época em que Jadyel Alencar não ocupava qualquer cargo político, não possuindo, assim, direito ao foro por prerrogativa de função.

Delegada pediu documentos

No dia 12 de março deste ano, a delegada Milena Caland expediu despacho solicitando do Ministério Público o relatório que detalha os indícios de irregularidades na prestação de contas de Jadyel Alencar, para, assim, instaurar o inquérito policial, que ainda tramita como Notícia de Crime em Verificação (NIV).

Já no último dia 18 junho, a juíza Gláucia Mendes de Macêdo assinou despacho determinando o ajuste da classe processual para petição criminal.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado Jadyel Alencar na noite desta quinta-feira (18), mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para esclarecimentos.