Um médico cubano, identificado como Jesus Fleitas Rivero , foi preso na manhã desta segunda-feira (15) no centro de Teresina, acusado de violência doméstica. A prisão foi efetuada pela equipe do delegado Tales Gomes , da Diretoria Especializada de Operações Especiais da Polícia Civil do Piauí.

O médico cardiologista foi preso em uma clínica que funciona em um prédio na rua Félix Pacheco, no centro da capital piauiense. Segundo informações do delegado Tales Gomes , coordenador do DEOP, a prisão preventiva se deu por conta do descumprimento de uma medida protetiva feita para que não se aproximasse de sua ex-companheira, com quem manteva uma relação de 27 anos.

A vítima fez um B.O. em fevereiro deste ano, alegando ter sido vítima de ameaça de morte. Um mês depois, foi decretada uma medida protetiva para que ele não se aproximasse dela. Com o descumprimento da medida, a Justiça emitiu um mandado de prisão preventiva no dia 5 de abril, que foi cumprido na manhã desta segunda-feira (15).

"A esposa dele, casada há cerca de 27 anos, procurou a delegacia da mulher que atende a região do centro e relatou, no início de fevereiro, agressões físicas e verbais, inclusive com tentativa de sufocamento. É o que consta na narrativa do boletim de ocorrência, a mulher teve que ir embora da residência em que moravam e esse atendimento na delegacia da mulher gerou uma medida protetiva de não manter contato, manter distância. Ele foi devidamente notificado no começo de março. Após essa notificação dele ter ciência da existência dessa ordem judicial, foi feito um outro boletim de ocorrência onde a esposa relata o descumprimento das medidas. No mês de abril, especificamente no dia 5, foi decretada a prisão preventiva do médico por conta do descumprimento dessas medidas protetivas e hoje, no começo da manhã nós demos cumprimento a essa ordem judicial", disse o delegado.

Após a prisão, o médico foi encaminhado para o IML e, em seguida, para a Central de Flagrantes . "Agora, ele vai responder ao processo criminal. Pelo que consta dessas narrativas, há questões de injúria, ameaça e o descumprimento das medidas protetivas. A Lei Maria da Penha prevê expressamente a questão do descumprimento", concluiu Tales Gomes.