A Policia Rodoviária Federal no Piauí (PRF-PI) prendeu em flagrante no último domingo (03), o major Ozevaldo Mendes de Sousa acusado de conduzir veículo sob efeito de álcool na BR-316, próximo a Teresina. Segundo o relato dos policiais federais, o incidente teve início quando usuários da rodovia alertaram sobre um veículo realizando manobras perigosas no sentido Demerval Lobão-Teresina. A equipe de plantão, composta por dois PRF’s estava na Unidade Operacional 02 (UOP 02), no km 20, quando recebeu as informações sobre um Ford EcoSport vermelho fazendo zigue-zague na pista.

Os policiais iniciaram buscas e avistaram o veículo suspeito próximo ao km 09 da rodovia. O condutor não respondeu às ordens de parada, obrigando a viatura da PRF a realizar uma manobra de bloqueio para forçar a redução de velocidade. Em uma ação ousada, um dos policiais conseguiu entrar no veículo pela janela e acionar o freio de mão, evitando um possível acidente.

Foto: Reprodução
Ozevaldo Mendes de Sousa

Ao abordar o motorista, os policiais fizeram uma descoberta surpreendente: tratava-se do Major Ozevaldo Mendes de Sousa, da Polícia Militar do Piauí . O oficial estava armado, o que levou os PRFs a agirem com cautela adicional, retirando-o do veículo e desarmando-o.

O major apresentava claros sinais de embriaguez, incluindo, sonolência, forte odor etílico, falta de equilíbrio ao se manter em pé, fala alterada e olhos avermelhados. Ozevaldo se recusou a realizar o teste do etilômetro quando solicitado pelos policiais rodoviários federais.

Devido à condição especial do suspeito como policial militar, o superior de plantão foi acionado e compareceu ao local, solicitando também a presença de uma guarnição da corregedoria da Polícia Militar.

O major foi então conduzido à Central de Flagrantes de Teresina. Nas dependências da unidade policial, foi emitida uma requisição para exame de embriaguez. O exame clínico realizado atestou "embriaguez aguda".

Lavrado o flagrante, a autoridade policial arbitrou fiança no valor de R$ 470,00 (quatrocentos e setenta reais), que foi prontamente paga. Logo após o pagamento, foi expedido o alvará de soltura, permitindo sua liberação provisória.

Aplicação de cautelares

O caso está sendo processado na Central de Inquéritos de Teresina. O juiz Valdemir Ferreira Santos homologou o flagrante e condicionou a liberdade provisória mediante a aplicação de medidas cautelares, no caso, comparecimento obrigatório quando intimado; proibição de deixar a comarca sem prévia autorização por mais de 08 (oito) dias, nem mudar de residência; atendimento psicossocial;proibição de frequentar estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas e a suspensão da CNH por três meses

É importante notar que, de acordo com a certidão de antecedentes criminais extraída do Sistema de Certidões Unificadas do TJ/PI, o major Ozevaldo Mendes de Sousa não possui registros criminais anteriores.