Seca atingiu 100% do território piauiense entre setembro e outubro

A seca atingiu 100% do território piauiense entre os meses de setembro e outubro, marcando a primeira vez, desde o período entre novembro e dezembro de 2023, que o fenômeno cobre integralmente o estado por dois meses consecutivos. Nesse intervalo, a situação se agravou, com a área de seca grave crescendo de 7% para 14% do território. Esse é o cenário mais severo registrado no Piauí desde outubro de 2021, quando 21% do estado enfrentava seca grave.

O agravamento do fenômeno aponta para a persistência das condições climáticas adversas que impactam toda a extensão do estado, incluindo áreas rurais dependentes de recursos hídricos. O Piauí se mantém entre as 17 unidades da Federação onde a seca alcança 100% do território, condição compartilhada com estados como Maranhão, Pernambuco, Sergipe e Minas Gerais.

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Desde o início do monitoramento realizado pelo Monitor de Secas, o Nordeste tem enfrentado episódios de seca com diferentes graus de severidade. Apesar de o Nordeste ter registrado a condição mais branda do fenômeno em outubro de 2024, a situação no Piauí é uma exceção, com a intensificação da seca grave. Em comparação com o restante do país, o estado apresentou um dos aumentos mais expressivos na severidade da seca durante o período analisado.

Em termos de extensão territorial afetada, o Piauí se junta a outros estados nordestinos que permanecem integralmente sob a influência do fenômeno. O monitoramento ainda aponta que, enquanto algumas regiões do país registraram redução da área afetada pela seca, como no Norte e no Sul, no Nordeste houve expansão, reforçando a necessidade de medidas específicas para enfrentar os impactos no estado.

O Monitor de Secas avalia que o fenômeno continua sendo um desafio climático significativo no Brasil, especialmente em estados como o Piauí, onde as condições hídricas e climáticas afetam toda a população. A seca grave, em particular, representa uma preocupação adicional devido ao potencial de comprometer o desenvolvimento socioeconômico regional e agravar problemas estruturais preexistentes.