A defesa do advogado Ângelo Diógenes de Souza, condenado a 17 anos e 03 meses de prisão pelo crime de roubo, ingressou com pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Piauí para que seja restabelecida a prisão domiciliar com a imposição do uso de tornozeleira eletrônica.
O advogado cumpria prisão domiciliar por ser portador de comorbidades graves e a impossibilidade de tratamento dentro do sistema prisional. No entanto, a prisão domiciliar foi revogada diante do descumprimento de regras estabelecidas e foi determinada a regressão para o regime fechado.
No pedido, os advogados de Ângelo Diógenes argumentam que o restabelecimento do regime fechado foi uma decisão “desproporcional, contraproducente do ponto de vista da política criminal, ilegal e temerária, pois coloca em risco a vida do ora paciente”.
Os advogados listaram os problemas de saúde do acusado e requisitaram a concessão de liminar para restabelecer a prisão domiciliar, com a imposição do uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de se ausentar de sua residência, salvo para tratamento médico.
Prisão pelo GRECO
O advogado foi preso pelo Grupo de Repressão e Combate ao Crime Organizado (GRECO) no dia 24 de março, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, na zona leste de Teresina. Ele é acusado dos crimes de tráfico de influência e divulgação de segredo.
Segundo a Polícia Civil do Piauí, durante as buscas, entre outros objetos, foi apreendido um revólver calibre .38 sem registro, que deu ensejo à prisão em flagrante delito pelo crime de posse irregular de arma de fogo.
Além desses crimes, contra o advogado pesam as acusações de contrabando e porte ilegal de arma de fogo, em razão de ter sido flagrado, em 2018, com fuzil e explosivos que seriam utilizados em ações contra instituições financeiras no Piauí.
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