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Piauí

Juiz manda delegado concluir inquérito contra empresário Alano Rodrigues

A determinação é do juiz Valdemir Ferreira Santos em despacho proferido na última segunda-feira (18).

O delegado do 25º Distrito Policial deverá concluir em trinta dias, no máximo, o inquérito oriundo da Polícia Federal, instaurado a partir da prisão em flagrante do empresário Alano de Sousa Rodrigues, encontrado com uma arma de fogo (marca Taurus, calibre .40), 10(dez) munições de calibre .40 e 10(dez) munições .380, de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. A determinação é do juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, em despacho proferido na última segunda-feira (18), estipulando o prazo para a conclusão do inquérito e a apresentação do respectivo relatório.

O empresário foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão no decorrer da "Operação Boca Livre", que constatou superfaturamento de R$ 1,7 milhão durante a aquisição de merenda escolar, através de um contrato fraudulento realizado pela Secretaria de Estado da Educação do Piauí, no ano de 2014, no valor total de R$ 5.300.000,00 (cinco milhões e trezentos mil reais).


Foto: Arquivo PessoalAlano de Sousa Rodrigues, preso por posse ilegal de arma de fogo
Alano de Sousa Rodrigues, preso por posse ilegal de arma de fogo

No curso da investigação foi descoberto que a arma que estava na casa do empresário pertencia a um policial militar do Piauí que afirmou fazer viagens e prestar serviços, dentre eles o de motorista para o interior do Estado. Os dois se conheceram quando o empresário ocupou o cargo de assessor da Secretaria de Segurança Pública. Enquanto esteve trabalhando vinculado à Secretaria, o policial militar obteve o direito de ter uma arma de fogo acautelada para seu uso. O direito de usá-la estendeu-se até 2017. Antes disso, porém, o policial deixou de prestar serviços à secretaria.

Com o certificado de carga de arma de fogo vencido, o policial militar continuou na posse da arma e a utilizava para fazer trabalhos privados para Alano Rodrigues.

Segundo o Ministério Público, as munições encontradas na casa do empresário foram periciadas pela Policia Federal, onde foi constatado que pertencem a lotes usados em prática de roubos, ocorridos no Piauí e na Bahia, contra bancos e demais instituições financeiras.

A Operação Boca Livre foi deflagrada pela Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) com o objetivo de dar cumprimento a 12 mandados de busca e apreensão contra empresários, servidores públicos e a Secretaria de Estado da Educação do Piauí.

As investigações apontaram que três empresas agiram em conjunto com agentes públicos para fraudar o pregão presencial 01/2014 realizado pela Seduc-PI, direcionando objeto da licitação às empresas e a efetiva aquisição de merenda escolar com sobrepreço.

Restou comprovado um prejuízo de R$ 1.751.740,61 (um milhão, setecentos e cinquenta e um mil, setecentos e quarenta reais e sessenta e um centavos), referente ao superfaturamento dos pagamentos realizados pela Secretaria Estadual de Educação junto às empresas envolvidas no esquema, que totalizaram cerca de R$ 5.300.000,00 (cinco milhões e trezentos mil reais).

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