Trabalhadores do Mercado de Peixe de Teresina realizaram nesta sexta-feira (24) um churrasco com cerca de uma tonelada de peixes para mostrar à população, que os produtos vendidos no local são saudáveis e não há qualquer relação com peixes contaminados com a Síndrome de Haff, conhecida como doença da urina preta.
A doença registrada em peixes e crustáceos acabou deixando a população preocupada, com receio de consumir esses animais, mesmo não havendo casos registrados no Piauí, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).
Na ação, os trabalhadores ofereceram degustação com vários tipos de peixes e aproveitaram para orientar os clientes, que fizeram fila para provar os produtos. Em entrevista ao GP1, Joicilene Xavier, que trabalha há 11 anos com venda de pescados, contou que desde quando começou a circular nos meios de comunicação e redes sociais sobre a doença o consumo do pescado diminuiu bastante, prejudicando as vendas.
“Circulou na mídia que os peixes estavam doentes e nossas vendas caíram cerca 90%. Em nenhum momento disseram que havia casos aqui no Piauí, mesmo assim começou a preocupar a população e as vendas caíram. Os clientes estão vindo e perguntando qual peixe está doente, porque não querem comprar peixe doente e nós explicamos que nossos peixes são de criatórios, que são seguros e que não vendemos peixes doentes. O nosso peixe vem de várias regiões do Brasil, porém, nossos fornecedores têm criatórios seguros, com a visita constante da fiscalização, todos inspecionados”, completou Joicilene.
Entenda a doença
A doença de Haff, causada pela ingestão de peixes ou crustáceos contaminados, deixa a urina com coloração escura, provoca dores musculares e insuficiência renal. Ele já foi diagnosticada peixes de pelo menos sete estados brasileiros, dentre eles Amazonas, Bahia, Ceará e Pará. Os sintomas em humanos aparecem de duas a 24 horas após o consumo dos alimentos contaminados.
A contaminação se dá por meio de uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, badejo, piratinga, arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, caranguejo e o camarão. A toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.
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