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Fonoaudióloga denuncia irregularidades na eleição do Sindespi

Segundo a denunciante, há uma decisão da Justiça do Trabalho que determina que os enfermeiros e técnicos de enfermagem somente podem ser representados pelo Senatepi.

O GP1 recebeu, nesta sexta-feira (31), denúncia de irregularidades na eleição para diretoria do Sindicato em Saúde do Estado do Piauí (Sindespi), que acontece durante todo o dia de hoje, na sede da instituição, em Teresina.

De acordo com a denunciante a fonoaudióloga Dorinha, que teve a candidatura a presidente impugnada, a participação de enfermeiros e de técnicos de enfermagem na eleição, tanto como membros de chapa como na votação é ilegal, já que eles não são representados pelo Sindespi, mas sim pelo Senatepi (Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí).


Segundo a denunciante, há uma decisão da Justiça do Trabalho que determina que os enfermeiros e técnicos de enfermagem somente podem ser representados pelo Senatepi, o que impede que eles integrem o Sindespi.

Dorinha relatou ainda que foi solicitada a impugnação da chapa 1 porque a maioria dos membros é formada por profissionais da enfermagem. “Um de nossos membros entrou com pedido de impugnação da chapa e do próprio processo eleitoral, dando ciência ao presidente da comissão que o processo estava correndo de forma irregular. Pois, a chapa 1 é formada 80% de auxiliares, enfermeiros e técnicos de enfermagem”, denunciou.

Foram apresentados dois requerimentos à Comissão Eleitoral pedindo a nulidade da eleição, no entanto todos foram arquivados pelo presidente da Comissão Eleitoral, Luís Salgueiro de Melo.

Chapa indeferida

Dorinha contou que era servidora do Estado do Piauí e de Parnarama, no Maranhão, e que o próprio sindicato denunciou a situação ao Governo do Piauí, que a demitiu, alegando que não havia compatibilidade de horários. "Mas o estatuto diz que mesmo com processo administrativo a pessoa continua como sócio, com os mesmos direitos, inclusive com direito à assessoria jurídica do próprio sindicato, e que não precisa pagar os valores sindicais”, explicou.

“Diante dessa brecha do estatuto, nós nos candidatos e fomos indeferidos porque eles alegaram que eu não era mais servidora e que não poderia concorrer às eleições. Mas, percebemos que era uma perseguição”, declarou.

Outro lado

Procurado, Luís Salgueiro preferiu não se manifestar sobre a denúncia.

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