O Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI) vai realizar no dia 4 de fevereiro uma sessão plenária que irá julgar a representação do Governo do Piauí contra Allisson Wattson da Silva Nascimento para que ele possa perder o posto de capitão da Polícia Militar após o assassinato da estudante de Direito Camilla Abreu.
Em fevereiro de 2018, a Corregedoria da Polícia Militar decidiu pela expulsão do capitão dos quadros da corporação. Três meses depois o governador Wellington Dias (PT) confirmou a decisão, mas cabe ao TJ julgar o pedido. Enquanto não é julgado o pedido de expulsão, o acusado permanece com a patente e o salário de mais de R$ 9 mil.
- Foto: Instagram/Allisson WattsonAllisson Wattson
No Diário Oficial do Tribunal de Justiça do Piauí desta sexta-feira foi publicada a pauta de julgamento da sessão plenária do dia 4 de fevereiro, que começa às 13h30, consta entre os processos a representação pela perda de posto e patente contra o capitão Allisson Wattson.
O desembargador José Francisco do Nascimento é o relator do processo. A procuradoria-geral do Estado do Piauí é a responsável pela representação e o advogado Pitágoras Veras Veloso de Araújo faz a defesa.
O crime
A estudante de direito, Camilla Abreu, desapareceu no dia 26 de outubro de 2017. Ela foi vista pela última vez em um bar no bairro Morada do Sol, zona leste de Teresina, acompanhada do namorado e capitão da PM, Allisson Wattson. Após o desaparecimento, o capitão ficou incomunicável durante dois dias, retornando apenas na sexta-feira (27) e afirmou não saber do paradeiro do jovem.
- Foto: Facebook/Camilla AbreuCamilla Abreu
A Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Barêtta, assumiu as investigações. No dia 31 de outubro, a Polícia Civil confirmou a morte da jovem. Já na parte da tarde, Allisson foi preso e indicou onde estava o corpo da estudante. Na manhã de 1º de novembro, o corpo da estudante foi enterrado sob forte comoção no cemitério São Judas Tadeu. No laudo cadavérico, foi concluído que a jovem foi arrastada antes de morrer.
O capitão virou réu na Justiça depois que a juíza de direito Maria Zilmar Coutinho Leal, da 2º Vara do Tribunal do Júri, recebeu denúncia do Ministério Público. Em abril, a juíza pronunciou o capitão para ir a julgamento pelo Júri Popular.
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