O ministro Humberto Martins, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu pedido liminar feito em Recurso em Habeas Corpus visando o trancamento do inquérito policial que investiga a artista plástico Doralice Andrade Parentes, mais conhecida como Dora Parentes, presa durante a Operação Real deflagrada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) em parceria com a Eletrobras Distribuição Piauí, a fim de combater o furto de energia elétrica. A decisão é de 25 de janeiro deste ano. Para o ministro, não foi demonstrada a presença do requisito da plausibilidade do direito alegado.
- Foto: Facebook/Dora Parentes
Artista plástica Dora Parentes
“De fato, o acolhimento da pretensão do impetrante referente à ausência de justa causa para a ação penal requer minunciosa incursão sobre o contexto fático-probatório, matéria própria da ação penal e não suscetível de apreciação em sede de juízo de cognição sumária”, afirma.
O ministro determinou a solicitação de informações ao Tribunal de Justiça do Piauí.
Dez pessoas foram presas na Operação
O delegado Laércio Evangelista, que coordenou a operação, informou que no condomínio Fazenda Real foram constatados medidores de energia alterados, além de ligações clandestinas. “Lá [Fazenda Real] foram aproximadamente 10 pessoas autuadas em flagrante por furto de energia, tanto com medidores alterados como por ligação clandestina, inclusive unidades consumidoras que não havia nem cadastro com a empresa Eletrobras”.
A gerente de medição e combate às perdas Eletrobras, Rafaela Moreira, deu mais detalhes sobre as irregularidades detectadas na Fazenda Real. “Foi constatado desvio de energia nas casas e na unidade coletiva, na iluminação coletiva e na parte da cerca elétrica”, pontuou.
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