A vereadora Teresa Britto (PV) criticou nessa terça-feira (27) a onda de violência que afeta o estado do Piauí. Só no último final de semana foram 10 homicídios registrados na cidade de Teresina, sendo dois casos de latrocínio.
Teresa Britto afirmou que a Polícia Militar do Piauí não tem estrutura para realizar o devido policiamento ostensivo. Ela ainda criticou o Governo do Piauí por falta de investimentos na área. “O que está acontecendo é alarmante. Na semana passada nós fizemos audiência pública na região sul e lá foi muito cobrada a questão da segurança. Me encontrei com representantes da segurança da região e lá me falaram que só tem uma viatura para atender a Vila Irmã Dulce, Porto Alegre, toda aquela região sul. As motocicletas que eles tinham foram reduzidas de 70 para 15, ou seja, falta tudo. O que acontece é que não estão tendo recursos e o Estado está nessa situação, a violência chega a um ponto que morrem as pessoas”, criticou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Teresa Britto
Ela ainda citou a morte do estudante de medicina Rayron Holanda. “É preocupante demais, é preciso que os órgãos de controle fiquem atentos e na Assembleia vou fazer o meu papel, porque é inadmissível. A morte do Rayron comoveu o Piauí todo, um jovem que tinha uma história de superação e ele morreu brutalmente. Temos vários exemplos de jovens que mal começaram a sua vida e foram assassinados”, disse a parlamentar.
Maternidade Evangelina Rosa
A vereadora ainda criticou a situação que está passando a Maternidade Evangelina Rosa, que foi interditada parcialmente após alto registro de mortes de bebês. De janeiro a outubro foram registradas mais 200 mortes no local. Só em setembro, 14 recém-nascidos morreram e em outubro, 29.
“Temos aí a questão da maternidade. Essa é uma violência sem tamanho. É uma violência silenciosa, porque as famílias não estão gritando, mas elas foram assassinadas por conta de uma infecção, por falta de álcool, sabão, manutenção nos equipamentos, falta até de luvas, então é uma violência também, onde as crianças não tiveram o direito de viver. Morreram as mães e os filhos, é um crime brutal que não pode ficar impune”, afirmou.
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