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Piauí

Governo anuncia 257 novos leitos para terapia intensiva no Piauí

O propósito é fortalecer a política de descentralização dos serviços de saúde.

O balanço realizado pelo Governo do Estado, das obras em execução na área da saúde, aponta que a população do Piauí terá à sua disposição mais 257 novos leitos para tratamento intensivo para recém-nascidos e adultos, distribuídos na capital e interior. A maior parte deles estará na nova maternidade que terá 115 leitos. Sendo 20 leitos de UTI adulto, 30 leitos de UTI neonatal, 45 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários e 20 leitos de Cuidados Intermediários Canguru, além de espaço para acolhimento das mães e bebês.

A intenção do governo é fortalecer a política de descentralizar os serviços de saúde no estado, principalmente nos municípios em que a demanda de atendimento é maior, que é o caso de Parnaíba, Picos, Floriano, Oeiras e São Raimundo Nonato que receberão cerca de 100 leitos já em obras.

Em Piripiri, por exemplo, ainda no ano de 2015, foi ampliado para 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Chagas Rodrigues e lá, ainda estão previstos mais 10 leitos neonatal.

“Com a descentralização da oferta de serviços da saúde, ampliamos o acesso ao atendimento de média e alta complexidade no interior do Piauí. Isso significa menos transferências para a capital e mais resolutividade nos hospitais regionais”, explica o secretário Francisco Costa, mostrando que também na capital, a expansão será significativa.

Em Teresina, somente para o Hospital Getúlio Vargas, a ampliação prevista será de 24 leitos de UTI adulta, ampliando para 40. No Hospital da Polícia Militar está em fase de finalização a obra de construção de 10 novos leitos. No Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, foram autorizados mais três leitos. Na Maternidade Dona Evangelina Rosa, serão ampliados mais 10 leitos para Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin).
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Secretário de Saúde, Francisco Costa(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Secretário de Saúde, Francisco Costa
A atenção especial da Secretaria de Estado da Saúde também está voltada à saúde da mulher e do bebê, garantida por meio da execução de obras da estratégia Rede Cegonha, programa do Ministério da Saúde, implantado no primeiro governo Dilma, com a construção de 75 leitos neonatal em Teresina, Parnaíba, Piripiri, Picos, Floriano, Oeiras e São Raimundo Nonato.

Além da parte de infraestrutura, a secretaria adquiriu equipamentos para complementar o atendimento de alta complexidade. É o que informou Francisco Costa, citando também o fato do município de Floriano possuir o primeiro aparelho de tomografia em estabelecimento público instalado no Hospital Regional Tibério Nunes.

“Entregamos no ano passado o tomógrafo ao hospital, que passou a atender os pacientes seja ambulatorial, seja internado. É um ganho imenso no diagnóstico por imagem, o que pode evitar o deslocamento do paciente para Teresina, sendo que lá já contamos com leitos de UTI, que também será ampliado para o atendimento neonatal”, disse o secretário.

"Esses avanços no atendimento de alta complexidade, distribuídos por vários municípios do estado, fortalecem as regiões de saúde, aproximando os cuidados de quem precisa com maiores chances de sobrevida aos pacientes. É um processo que não tem a agilidade que queremos, mas que, com firmeza e obstinação, estamos fazendo acontecer na saúde pública”, afirma Francisco Costa.

Em execução/elaboração de projetos de leitos para tratamento intensivo

HGV – em construção quatro leitos e autorizados mais 20 leitos. Com a ampliação, serão 40 leitos;
HPM – 10 leitos em construção;
Instituto de Doenças Tropicais – três leitos de UTI;
Maternidade Dona Evangelina Rosa – 10 leitos de (Cuidados Intermediários Neonatal);
Hospital Regional Deolindo Couto/Oeiras – implantação de 10 leitos de UTI e 5 leitos de Ucin;
Hospital Regional Chagas Rodrigues/Piripiri – em obras 10 leitos de Ucin;
Hospital Estadual Dirceu Arcoverde/Parnaíba – em finalização 10 leitos de UTI neonatal e mais 10 leitos de Ucin;
Hospital Regional Justino Luz/Picos – em finalização 10 leitos de UTI, 10 leitos de UTI neonatal e mais 10 de Ucin;
Hospital Regional Tibério Nunes/Floriano – em finalização 10 leitos de UTIN e mais de 10 de Ucin;
Hospital Regional de Campo Maior – 10 leitos de UTI;
Hospital Regional Senador Cândido Ferraz/São Raimundo Nonato - 10 leitos de Ucin.

Estrutura da Nova Maternidade

- 20 leitos de UTI adulto;
- 30 leitos de UTI neonatal;
- 45 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários e 20 leitos de Cuidados Intermediários Canguru, além de espaço para acolhimento das mães e bebês.

Reportagem do Fantástico

Uma reportagem do Fantástico mostrou, na noite deste domingo (15), o desequilíbrio na distribuição de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil. Segundo dados levantados pela equipe de reportagem, há 40 mil leitos para 204 milhões de habitantes, sendo que apenas a metade desse número são vagas destinadas ao SUS, a outra metade atende a rede privada. Entre as cidades citadas, onde o problema é mais grave, está Teresina.

Apesar de a Capital ofertar vagas, estas não são suficientes para arcar com a demanda. De acordo com o médico do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Cleriston Silva Moura, quem faz a lista de quem vai preencher a vaga que surgiu em um leito da UTI, não é o médico e sim a Justiça. "Os grandes hospitais do SUS, quem diz quem vai pra UTI ou não, muitas vezes não é o médico é o juiz”, afirmou à reportagem.



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