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"Ela precisa denunciar", diz promotor sobre Renata Lustosa

Para o promotor Francisco de Jesus a denúncia é extremamente importante para acabar com o ciclo da violência e para que o agressor fique ciente de que a situação não ficará impune.

Em entrevista ao GP1, o promotor Francisco de Jesus, do Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid), comentou sobre o vídeo divulgado pela miss Piauí 2011, Renata Lustosa, onde ela aparece bastante machucada, após ter sido agredida pelo seu ex-companheiro.

O vídeo tem ganhado bastante repercussão e o promotor Francisco de Jesus afirmou que já tentou localizar a vítima. “Logo após ser informado sobre esse vídeo, tratei de localizar ela e as informações que eu recebi, é que ela não está aqui no Piauí, mas morando em Feira de Santana na Bahia. Então depois dessa informação, entrei em contato com as promotoras Márcia e Sara que são de lá, informei sobre essa situação e elas já estão em diligências para tentar encontrar ela [Renata Lustosa]. Mesmo se não for de Teresina, as pessoas podem nos informar os casos, que temos contatos com promotores de todo o Brasil e passamos a informação, seja de onde for”, explicou o promotor.


  • Foto: Bárbara Rodrigues/GP1Promotor Francisco de JesusPromotor Francisco de Jesus

Bastante machucada, Renata Lustosa questiona no vídeo a aplicação da Lei Maria da Penha, afirmando que se denunciar, o seu ex-companheiro logo seria solto. Para o promotor Francisco de Jesus a denúncia é extremamente importante para acabar com o ciclo da violência e para que o agressor fique ciente de que a situação não ficará impune. “Eu te digo com toda a certeza, é claro que nós sabemos que toda legislação tem sua fragilidade, mas se ela não denunciar, não sairá desse ciclo de violência. Várias mulheres que denunciaram conseguiram sair desse ciclo. Acredito que seja até o caso dela, onde a violência está aumentando cada vez mais, é um ciclo que não para. Ela precisa denunciar para que esse ciclo seja rompido. Digamos que ela denuncie, ele é preso, mas depois é solto, por exemplo, muitas vezes quando isso acontece o próprio agressor começa a entender o que ele fez e esse ciclo acaba. A denúncia é o jeito, senão volta cada vez mais forte essa violência. Isso que você precisa entender”, disse.

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