Segundo informações do Congresso em Foco, o senador Ciro Nogueira (PP) foi citado pelo delator da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa por ser um dos responsáveis por dividir a propina do esquema de corrupção da Petrobrás dentro do Partido Progressista (PP).
A reportagem afirma que a informação foi citada por Paulo Roberto Costa durante depoimento prestado em junho para as investigações da Operação Lava Jato. Paulo Roberto Costa explicou que 3% dos valores dos contratos da Petrobras sob a responsabilidade da diretoria de abastecimento eram desviados, sendo que 1% do valor total dos contratos foi destinado ao PP.
No depoimento, Paulo Roberto Costa, que é ex-diretor da Petrobras, afirma que Ciro Nogueira, que atualmente é presidente nacional do PP, e o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, foram dois dos responsáveis pela divisão da propina, oriunda do esquema de corrupção na Petrobras, para os políticos do PP.
“Eu nunca soube que era o Alberto Youssef que definia percentual para cada político [de recursos desviados da Petrobras], o que eu tenho conhecimento [é que] o Alberto Youssef efetuava o pagamento, mas o percentual que ia para o político A, para o político B, político C, acho eu que nunca foi de autonomia do Alberto, era autonomia do Janene, Mário Negromonte e depois, com certeza, do Ciro Nogueira”, disse o delator à Justiça Federal do Paraná.
Essa divisão da propina teria causado desentendimentos dentro do partido. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, Paulo Roberto Costa disse que os desentendimentos foram entre os grupos internos do partido liderados por Negromonte e Ciro Nogueira.
Paulo Roberto Costa ainda citou um encontro que teria tido com Ciro Nogueira e Negromonte, entre o final do ano de 2011 e o início de 2012 no Rio de Janeiro, onde foi informado que haveria uma mudança de interlocutor no repasse de recursos ilegais. Alberto Youssef não exerceria mais a função de operador para os parlamentares do PP. Essa função, de acordo com Paulo Roberto, caberia naquele momento ao empresário Henry Hoyer.
O Congresso em Foco afirma que tentou ouvir a versão do senador Ciro Nogueira sobre o caso, mas a sua assessoria afirma que não conseguiu localiza-lo para comentar o caso. Já a defesa de Negromonte negou as acusações.
“O conselheiro Negromonte nega peremptoriamente qualquer recebimento de vantagem, seja por parte do Paulo Roberto, seja por parte do Youssef ou de qualquer pessoa. Isso efetivamente está fora de cogitação”, disse o advogado Carlos Fauaze, que defende o ex-ministro Mário Negromonte.
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A reportagem afirma que a informação foi citada por Paulo Roberto Costa durante depoimento prestado em junho para as investigações da Operação Lava Jato. Paulo Roberto Costa explicou que 3% dos valores dos contratos da Petrobras sob a responsabilidade da diretoria de abastecimento eram desviados, sendo que 1% do valor total dos contratos foi destinado ao PP.
No depoimento, Paulo Roberto Costa, que é ex-diretor da Petrobras, afirma que Ciro Nogueira, que atualmente é presidente nacional do PP, e o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, foram dois dos responsáveis pela divisão da propina, oriunda do esquema de corrupção na Petrobras, para os políticos do PP.
Imagem: José Maria Barros/GP1Senador Ciro Nogueira
Segundo Paulo Roberto, os recursos destinados ao PP eram, primeiramente, distribuídos pelo ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010. Após a morte de Janene, Negromonte virou líder do PP na Câmara e coube a ele determinar a divisão de valores aos políticos da sigla. Em seguida, pelo depoimento de Costa, essa função foi transferida ao senador Ciro Nogueira, atual presidente do partido.“Eu nunca soube que era o Alberto Youssef que definia percentual para cada político [de recursos desviados da Petrobras], o que eu tenho conhecimento [é que] o Alberto Youssef efetuava o pagamento, mas o percentual que ia para o político A, para o político B, político C, acho eu que nunca foi de autonomia do Alberto, era autonomia do Janene, Mário Negromonte e depois, com certeza, do Ciro Nogueira”, disse o delator à Justiça Federal do Paraná.
Essa divisão da propina teria causado desentendimentos dentro do partido. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, Paulo Roberto Costa disse que os desentendimentos foram entre os grupos internos do partido liderados por Negromonte e Ciro Nogueira.
Imagem: Geraldo Magela/Agência SenadoPaulo Roberto Costa
“Uma série de políticos apoiou o Ciro Nogueira, ele foi indicado lá para ser o presidente do partido, se não me engano, e houve certa ruptura do grupo do Mário Negromonte com o grupo do Ciro Nogueira”, disse Costa, que teria informado ainda que “foi dito na época pelo grupo do Ciro Nogueira que eles não estavam satisfeitos dos valores que eles recebiam porque achavam que tinham valores muito maiores e que não eram repassados para o grupo do Ciro Nogueira, que isso ficaria muito ainda capitaneado pelo grupo do Mário Negromonte, então isso resultou uma ruptura”.Paulo Roberto Costa ainda citou um encontro que teria tido com Ciro Nogueira e Negromonte, entre o final do ano de 2011 e o início de 2012 no Rio de Janeiro, onde foi informado que haveria uma mudança de interlocutor no repasse de recursos ilegais. Alberto Youssef não exerceria mais a função de operador para os parlamentares do PP. Essa função, de acordo com Paulo Roberto, caberia naquele momento ao empresário Henry Hoyer.
O Congresso em Foco afirma que tentou ouvir a versão do senador Ciro Nogueira sobre o caso, mas a sua assessoria afirma que não conseguiu localiza-lo para comentar o caso. Já a defesa de Negromonte negou as acusações.
“O conselheiro Negromonte nega peremptoriamente qualquer recebimento de vantagem, seja por parte do Paulo Roberto, seja por parte do Youssef ou de qualquer pessoa. Isso efetivamente está fora de cogitação”, disse o advogado Carlos Fauaze, que defende o ex-ministro Mário Negromonte.
Imagem: Joedson Alves/AEMário Negromonte
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