A falta de espaços de lazer e de entretenimento, especialmente de quadras esportivas, vem comprometendo a formação das crianças, adolescentes e jovens de Picos. A conclusão é de especialistas ouvidos pela reportagem, preocupados com a ausência de políticas públicas que possam mudar esse quadro iminente de percas humanas.
O déficit de espaços públicos de lazer, de cultura e de entretenimento em Picos é uma realidade visível. Aliado a isso, está à ausência de projetos do poder municipal para que, em curto, médio ou até mesmo em longo prazo essa realidade possa ser mudada. Isso ofereceria alternativa as crianças e jovens dos bairros periféricos, evitando o envolvimento deles com a marginalidade.
Segundo o professor de educação física Frank Rui Oliveira Leopoldo, desde quando foi atleta nas décadas de 70 e 80, que o município de Picos esperava dos governos municipal e estadual, uma estrutura para a prática esportiva.
Entretanto, garante Frank, 30 anos depois a realidade continua a mesma. Não existem quadras esportivas e nem espaço de lazer nos bairros periféricos da cidade. As estruturas para a prática esportiva estão apenas nos clubes privados e, em alguns casos, nas escolas, dificultando o acesso dos moradores da periferia.
“As conseqüências são arrasadoras, pois a ausência desses espaços pode levar os jovens a procurarem outros caminhos, como o consumo de álcool, de drogas, a prostituição e até mesmo caírem na marginalidade”, adverte o professor de Educação Física e ex-atleta Frank Rui.
Comunga da mesma idéia a assistente social Liana Barbosa de Moura, lotada na secretaria municipal de Ação Social. Segundo ela, é perceptível o déficit de espaços de lazer e de entretenimento em Picos e isso é relevante, implica em vários aspectos negativos.
“Levando em conta o aspecto social isso é muito grave, pois sabemos que as crianças e os jovens gostam de ter o seu espaço para brincar, jogar bola, se divertir. Um espaço onde possam interagir com o mesmo público, ter essa alternativa, mas, infelizmente em Picos somos muito carentes”, lamenta a assistente social Liana Barbosa.
Na opinião de Liana Barbosa, a falta desses espaços implica em muitos fatores negativos, como, por exemplo, o envolvimento com drogas, com álcool e isso é ruim tanto para eles, as crianças e os jovens, como para a família e a sociedade de um modo geral.
“Isso provoca problemas graves e são vários os exemplos de famílias destruídas por conta do envolvimento desses jovens com as drogas. Muitos abandonam a escola e ficam sem perspectivas futuras. Vejo como um assunto sério que deveria ser tratado com mais cuidado pelas autoridades”, alerta Liana Barbosa.
Ausência de projetos
Ex-servidor da secretaria municipal de Esportes e Lazer de Picos, o professor Frank Rui lembra que tentou implementar alguns projetos para mudar essa realidade vivenciada pelas crianças e jovens do município, no entanto, não obteve sucesso.
“Propomos a adoção de um calendário anual com as atividades esportivas e de lazer, implantação de escolinhas de futebol, realização de campeonatos de futebol de campo e de futsal entre os bairros, com premiação para os atletas que se destacassem, mas nada disso foi aproveitado, ficou apenas na idéia”, lamenta.
Se no início da gestão municipal a situação já era ruim, segundo garante o professor Frank Rui, agora no final do mandato do atual prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), o quadro parece ainda mais desolador.
A reportagem procurou ouvir o secretário municipal de Esportes e Lazer Francisco de Sousa Campos, o Teleco, mas foi informada de que o mesmo fora demitido do cargo desde o mês passado. No momento, não existe ninguém na Prefeitura autorizado a falar sobre o assunto.
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Imagem: José Maria Barros/GP1Quadra do Cric abandonada
O déficit de espaços públicos de lazer, de cultura e de entretenimento em Picos é uma realidade visível. Aliado a isso, está à ausência de projetos do poder municipal para que, em curto, médio ou até mesmo em longo prazo essa realidade possa ser mudada. Isso ofereceria alternativa as crianças e jovens dos bairros periféricos, evitando o envolvimento deles com a marginalidade.
Segundo o professor de educação física Frank Rui Oliveira Leopoldo, desde quando foi atleta nas décadas de 70 e 80, que o município de Picos esperava dos governos municipal e estadual, uma estrutura para a prática esportiva.
Imagem: José Maria Barros/GP1Professor de educação física do IFPI
Entretanto, garante Frank, 30 anos depois a realidade continua a mesma. Não existem quadras esportivas e nem espaço de lazer nos bairros periféricos da cidade. As estruturas para a prática esportiva estão apenas nos clubes privados e, em alguns casos, nas escolas, dificultando o acesso dos moradores da periferia.
“As conseqüências são arrasadoras, pois a ausência desses espaços pode levar os jovens a procurarem outros caminhos, como o consumo de álcool, de drogas, a prostituição e até mesmo caírem na marginalidade”, adverte o professor de Educação Física e ex-atleta Frank Rui.
Imagem: José Maria Barros/GP1Ginásio poliesportivo abandonado há 14 anos
Comunga da mesma idéia a assistente social Liana Barbosa de Moura, lotada na secretaria municipal de Ação Social. Segundo ela, é perceptível o déficit de espaços de lazer e de entretenimento em Picos e isso é relevante, implica em vários aspectos negativos.
“Levando em conta o aspecto social isso é muito grave, pois sabemos que as crianças e os jovens gostam de ter o seu espaço para brincar, jogar bola, se divertir. Um espaço onde possam interagir com o mesmo público, ter essa alternativa, mas, infelizmente em Picos somos muito carentes”, lamenta a assistente social Liana Barbosa.
Imagem: José Maria Barros/GP1Assistente social Liana Barbosa
Na opinião de Liana Barbosa, a falta desses espaços implica em muitos fatores negativos, como, por exemplo, o envolvimento com drogas, com álcool e isso é ruim tanto para eles, as crianças e os jovens, como para a família e a sociedade de um modo geral.
Imagem: José Maria Barros/GP1Quadra do Premen serve apenas para os alunos da escola
“Isso provoca problemas graves e são vários os exemplos de famílias destruídas por conta do envolvimento desses jovens com as drogas. Muitos abandonam a escola e ficam sem perspectivas futuras. Vejo como um assunto sério que deveria ser tratado com mais cuidado pelas autoridades”, alerta Liana Barbosa.
Ausência de projetos
Ex-servidor da secretaria municipal de Esportes e Lazer de Picos, o professor Frank Rui lembra que tentou implementar alguns projetos para mudar essa realidade vivenciada pelas crianças e jovens do município, no entanto, não obteve sucesso.
“Propomos a adoção de um calendário anual com as atividades esportivas e de lazer, implantação de escolinhas de futebol, realização de campeonatos de futebol de campo e de futsal entre os bairros, com premiação para os atletas que se destacassem, mas nada disso foi aproveitado, ficou apenas na idéia”, lamenta.
Imagem: José Maria Barros/GP1 Quadra do IFPI, única em tamanho oficial em Picos
Se no início da gestão municipal a situação já era ruim, segundo garante o professor Frank Rui, agora no final do mandato do atual prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), o quadro parece ainda mais desolador.
A reportagem procurou ouvir o secretário municipal de Esportes e Lazer Francisco de Sousa Campos, o Teleco, mas foi informada de que o mesmo fora demitido do cargo desde o mês passado. No momento, não existe ninguém na Prefeitura autorizado a falar sobre o assunto.
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