Fechar
GP1

Piauí

Famílias que seguiam falso profeta pedem que crianças levadas para abrigos sejam liberadas

Uma comissão formada por quatro pessoas representando os pais das crianças participaram de uma reunião com o Corregedor Geral de Justiça

Quase trinta pessoas que incluem pais, mães e avós foram ao Tribunal de Justiça para pedir a liberação das crianças que foram retiradas da casa do “profeta" de Teresina Luis Pereira dos Santos.

Cerca de 20 crianças estão em abrigos espalhados pela cidade depois que foram retiradas do local, no Parque Universitário, zona Leste de Teresina, após existir a suspeita de que elas poderiam ser envenenadas. O “profeta” afirmou que o mundo acabaria no dia 12 de outubro e acabou sendo preso.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Conselho de pais(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Conselho de pais

Maria Lucimar de Sousa, mãe de uma adolescente de 16 anos que está no Instituto Dom Barreto, disse que nem todas as crianças que estavam dentro da casa moravam na "Arca do Fim do Mundo, como era conhecida a casa do profeta e que algumas estavam só de visita. Maria afirma que sua família possui uma casa e que não morava com o profeta.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Maria Lucimar e Francisco dos Santos(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Maria Lucimar e Francisco dos Santos

“Estou preocupada porque antes eu podia ver minha filha todos os dias e agora só a vejo uma vez por semana e não posso nem ligar. Eu tenho condição de sustentar minha filha e estou entrando em depressão e posso até perder meu emprego por causa disso”, desabafou a mãe.

Francisco dos Santos teve três dos seus filhos levados pelo Conselho Tutelar. Ele afirma que a casa do profeta era apenas usada para a reza, mas confirma que realmente acreditava no fim do mundo. “Como o mundo não acabou, o que nós queremos agora é só seguir com a nossa vida. Estou deixando de trabalhar porque preciso resolver isso, só volto após isso ser resolvido. É uma situação muito triste chegar na minha casa, que é grande, e não ter meus filhos. Minha mulher chora todo dia. Eles disseram que logo após a data do fim do mundo, logo na segunda-feira, as crianças seriam soltas e já se passou 12 dias desde então. Nós estamos sofrendo, queremos nossos filhos de volta”, disse o mestre de obras Francisco dos Santos.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Francisco dos Santos(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Francisco dos Santos

Justiça

Uma comissão formada por quatro pessoas representando os pais das crianças participaram de uma reunião com o Corregedor Geral de Justiça, Desembargador Francisco Antonio Paes Landim Filho para tratar sobre a situação.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Reunião com o corregedor(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Reunião com o corregedor

O corregedor Paes Landim afirmou que já conversou com a juíza Maria Luiza que é responsável pelo caso e afirmou que os casos logo começarão a ser julgados. “A juíza está encerrando hoje um mutirão, então amanhã já deve começar os trabalhos, já que os processos precisam ser encaminhados para o Ministério Público. Depois ela irá analisar cada caso, falando com os conselheiros tutelares, com as assistentes sociais e assim dar o seu parecer sobre a questão de cada criança”, disse o corregedor.

O corregedor Paes Landim afirmou que os julgamentos de todos os casos podem durar até 10 dias úteis.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Corregedor Paes Landim(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Corregedor Paes Landim


Curta a página do GP1 no facebook: http://www.facebook.com/PortalGP1

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.