O deputado estadual Wilson Brandão (PP) demonstrou preocupação com o mais novo empréstimo que o Estado do Piauí contratará, no valor de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 274 milhões). Em conversa com o GP1 , nesta quarta-feira (18), ele reiterou que é preciso ponderar o impacto desses contratos no orçamento.

“Nós temos, por um lado, a preocupação em ver o Estado se endividando cada vez mais e, por outro lado, a preocupação é que esse dinheiro seja bem aplicado quando chegar aqui no Piauí. Então, espero que o Governo possa fazer um bom uso desse recurso e que o Estado possa tirar proveito desses empréstimos, que, lá na frente, realmente poderão impactar nas contas do Estado”, ponderou Wilson Brandão.

Foto: Alef Leão/GP1
Deputado Estadual Wilson Brandão (PP)

Por fim, Brandão ainda destacou que é necessário analisar aspectos técnicos, como tempo de pagamento e se não interferirá em outros investimentos com recursos próprios.

“A gente tem que ver apenas o alongamento dessa dívida, o pagamento dela, se é a longo prazo, se é a curto ou curtíssimo prazo, para saber se o Estado suporta o pagamento, se não vai interferir em outros investimentos que o Estado se propõe a fazer com os próprios recursos”, finalizou Brandão.

Empréstimo aprovado com facilidade

O Senado Federal autorizou em Plenário, nessa terça-feira (17), que o Estado do Piauí contrate empréstimo de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 274 milhões), para utilizar em projeto de regularização fundiária “com práticas de sustentabilidade, adoção de tecnologias e proteção do meio ambiente”.

O governador Rafael Fonteles (PT) enviou previamente o projeto ao Ministério da Fazenda e teve fácil trâmite devido a situação de adimplência do Estado do Piauí, a regularidade em relação ao pagamento de precatórios, entre outros pontos positivos. Após isso, a Pasta enviou o texto ao Senado.

Foto: Reprodução/Instagram
O governador Rafael Fonteles apresentou o projeto previamente a Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e recebeu total apoio

O valor será contratado no Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), com carência de 72 meses.