Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE apontaram que, em 2023, o Piauí registrou um dos maiores crescimentos na proporção de domicílios com acesso à internet no Brasil, alcançando 88,9% dos lares. Esse aumento de 34,7 pontos percentuais em relação a 2016, quando apenas 54,2% dos domicílios tinham acesso à internet, foi o segundo maior do país, ficando atrás apenas do Maranhão, que avançou 38 pontos percentuais. No Brasil, o crescimento médio foi de 21,6 pontos percentuais no mesmo período.
Esse crescimento permitiu ao Piauí subir na classificação geral das unidades da federação em termos de acesso à internet. Em 2016, o estado ocupava a 26ª posição, mas em 2023 saltou para a 23ª posição. No Brasil, a média de domicílios com acesso à internet foi de 92,5% em 2023.
As unidades da federação com as maiores proporções de domicílios conectados foram o Distrito Federal, com 97,4%, e o Mato Grosso do Sul, com 95,4%. Por outro lado, os menores índices foram registrados no Maranhão, com 86,6%, e no Acre, com 84,5%.
A região Nordeste apresentou o maior crescimento na proporção de domicílios com acesso à internet, passando de 57,9% em 2016 para 89,1% em 2023, um aumento de 31,2 pontos percentuais. Apesar desse crescimento, a região ainda possui a menor proporção de domicílios conectados do país. A região Centro-Oeste lidera com 95,4%, seguida pelo Sudeste (94,1%), Sul (93,5%) e Norte (90,4%).
Em 2023, 11,1% dos domicílios no Piauí ainda não tinham acesso à internet. O principal motivo alegado por 34,5% dos domicílios da região Nordeste para não utilizar a internet foi o alto custo do serviço. Além disso, 33,2% dos domicílios relataram que nenhum morador sabia usar a internet, e 19,9% afirmaram que não viam necessidade no uso.
No Piauí, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita dos domicílios com acesso à internet foi de R$ 1.317,00, superior em 52% ao rendimento dos domicílios sem acesso, que foi de R$ 868,00.