A Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado do Piauí realizará correições extraordinárias nas duas promotorias que estavam sob titularidade do promotor Maurício Verdejo Gonçalves Júnior, afastado de suas funções sob acusação de cobrar propina de R$ 3 milhões para arquivar investigação contra um empresário. O edital das correições, assinado pelo corregedor-geral Fernando Ferro, foi publicado nesta sexta-feira (9).

Segundo o edital, nos dias 12 e 13 de agosto será realizada correição na 6ª Promotoria de Justiça de Picos, e nos dias 15 e 16 de agosto, na 1ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus. As atividades ficarão a cargo de comissão constituída pelo corregedor-geral Fernando Ferro e pelos corregedores e promotores João Paulo Santiago Sales e Édsel de Oliveira Costa Belleza do Nascimento.

Foto: Divulgação/Ascom
Correições serão conduzidas pelo corregedor-geral Fernando Ferro

Durante as correições serão analisados processos e procedimentos extrajudiciais, e também poderão ser tomados depoimentos.

A correição extraordinária é um procedimento de fiscalização e avaliação, realizado sempre que houver necessidade, respectivamente, em Promotorias de Justiça, órgãos de apoio técnico, serviços auxiliares do Ministério Público e estruturas equivalentes, e Procuradorias de Justiça, por deliberação do Conselho Nacional do Ministério Público ou iniciativa do Corregedor-Geral, de ofício ou por provocação dos demais órgãos da Administração Superior do Ministério Público ou de qualquer interessado, em face de notícias ou reclamações relativas a falhas e deficiências dos serviços da Instituição, omissões ou abusos que possam comprometer a atuação do órgão, o prestígio da Instituição ou a regularidade de suas atividades;

Promotor afastado

Foto: GP1 (imagem exclusiva)
Promotor titular da 6ª Promotoria de Picos, Maurício Verdejo Gonçalves Júnior

Por determinação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM), o promotor Maurício Verdejo Gonçalves Júnior foi afastado de suas funções sob acusação de exigir propina para arquivar investigação contra o empresário Junno Pinheiro Campos Sousa.

Ele ficará afastado por 90 dias, conforme determinação proferida nessa quinta-feira (8) pelo corregedor nacional do Ministério Público Ângelo Fabiano Farias da Costa, que também proibiu o promotor de acessar, até outra deliberação, qualquer prédio ou instalações Ministério Público do Piauí, exceto para participação em atos instrutórios determinados pela Procuradoria-Geral de Justiça ou pela Corregedoria-Geral.