O deputado estadual Gil Carlos Modesto , do PT, está sendo investigado pela Polícia Federal, por suspeita de ter cometido crimes eleitorais no ano de 2022, quando disputou vaga na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). A apuração policial iniciou ano passado, a pedido do Ministério Público do Estado do Piauí .

O caso começou a ser investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), que, por meio de Notícia de Fato, apontou possível prática de falsidade ideológica e apropriação de valores destinados à campanha do deputado nas eleições de 2022.

Foto: Lucas Dias/ GP1
Deputado Gil Carlos

Segundo a Notícia de Fato, foram verificados indícios de irregularidades na prestação de contas da campanha de Gil Carlos: empresas fornecedoras de bens e serviços de campanha com número reduzido de empregados, apontando possível falta de capacidade operacional; doadores de campanha com renda formal conhecida incompatível com o valor doado; e doadores de campanha inscritos como desempregados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, indicando indícios de falta de capacidade econômica.

MPF declinou da atribuição

No dia 26 de maio do ano passado, o procurador Regional Eleitoral Marco Túlio Lustosa Caminha declinou da atribuição para conduzir o procedimento, uma vez que, à época dos fatos denunciados, Gil Carlos ainda não ocupava o cargo de deputado, não tendo, portanto, direito ao foro por prerrogativa de função.

O caso foi remetido à Promotoria da 98ª Zona Eleitoral de Teresina, e no dia 27 de novembro a promotora Gianny Vieira de Carvalho encaminhou ofício à Polícia Federal, requisitando a abertura de investigação.

Em março deste ano, a delegada Milena Soares Caland assinou despacho solicitando a prestação de contas da campanha do deputado e relatórios elaborados pelo Ministério Público, para proceder com a instauração do inquérito policial. Enquanto isso, o caso tramita como Notícia de Crime em Verificação (NIV). Mais recentemente, no último dia 18, a juíza Gláucia Mendes de Macêdo proferiu um despacho determinando o ajuste da classe processual para petição criminal.

Outro lado

Procurado pelo GP1 , na noite desta sexta-feira (21), o prefeito Gil Carlos não atendeu às ligações, nem respondeu mensagens enviadas via WhatsApp. O espaço está aberto para esclarecimentos.