Em 15 anos, a participação das obras de infraestrutura nos investimentos da construção civil no Piauí atingiu 58,4%, o maior valor da série histórica iniciada em 2007, segundo dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) do IBGE . Desde 2020, início da pandemia da Covid-19, esses investimentos passaram a predominar no setor, superando significativamente a construção de edifícios e serviços especializados para construção.

Em contraste, o menor valor de participação das obras de infraestrutura foi registrado em 2013, com apenas 26,9% dos investimentos na construção civil no estado. Neste mesmo ano, a construção de edifícios alcançou sua maior participação histórica, representando 63,3% do total. No entanto, em 2022, esse segmento caiu para seu menor valor na série histórica, com apenas 31,7% dos investimentos.

Foto: Lucas Dias/GP1
Trabalhadores do setor da construção civil

Os serviços especializados para a construção, que incluem atividades como demolição, preparação de terreno, acabamento, e instalações elétricas e hidráulicas, representaram 9,9% dos investimentos em 2022. Este é um valor significativamente menor em comparação com 2008, quando esses serviços atingiram 12,2% de participação, e também menor que a média nacional do setor.

Em termos comparativos, no Brasil, a construção de edifícios liderou os investimentos na construção civil em 2022, com 42,4% do total, seguida pelas obras de infraestrutura, com 33,7%, e pelos serviços especializados para construção, com 23,9%. Esse último indicador é mais que o dobro da proporção registrada no Piauí.