Agentes e escrivães da Polícia Civil do Piauí retomaram, no início desta semana, o movimento “Polícia Legal”, em reivindicação a valorização salarial da categoria. A articulação coordenada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Piauí ( Sinpolpi ) teve início em agosto deste ano, mas foi suspensa durante tentativa de acordo com o Governo do Estado.
Em entrevista ao GP1 , o presidente do Sinpolpi, Isaac Vilarinho, explicou que a classe não aceita a proposta do governo, que quer conceder reajuste de R$ 1.500,00 em duas parcelas, divididas em dois anos.
“Nós hoje recebemos menos que a média do Nordeste, que em 2026 vai ser de cerca de treze mil reais. O governo quer transparecer que é muito, mas a gente se compara com outros policiais civis que desempenham a mesma função. A média do Brasil em 2026 vai ser quinze mil reais e o governo chega com uma proposta de mil e quinhentos reais dividida em dois anos, nós dissemos não para essa proposta indecente”, declarou Isaac Vilarinho.
Valores reivindicados
A categoria reivindica um reajuste que fixe o salário inicial em R$ 7.500,00 e de R$ 15.500,00 ao final da carreira. “Hoje um policial civil recebe inicialmente seis mil e oitocentos reais, e ao final da carreira nove mil e cem reais”, colocou o dirigente do sindicato.
Viabilidade econômica
Segundo o presidente do Sinpolpi, o reajuste exigido pela classe policial não traria impactos financeiros negativos ao orçamento público. “Não traria impacto, entregamos os números para o governo, mostramos a viabilidade orçamentária e financeira, uma vez que a média do orçamento desse ano para o próximo vai acrescer 22%, então existe viabilidade financeira”, concluiu Isaac Vilarinho.
Outro lado
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) disse que não irá se pronunciar sobre o caso.