O Piauí foi um dos estados brasileiros que conseguiu reduzir o desmatamento do Cerrado em 10% entre 2023 e 2024, ocupando o terceiro lugar nacional em diminuição de desmatamento, de acordo com dados recentes do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes). A redução acompanha uma queda de 26% no desmatamento do bioma em nível nacional.

Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos ( Semarh ), para alcançar esses números, o Piauí intensificou a fiscalização e investiu em tecnologias avançadas de monitoramento, como satélites e drones, que facilitam a identificação de áreas desmatadas e permitem uma resposta rápida das autoridades. No período de janeiro a outubro de 2024, o estado registrou um aumento de 20% nas autuações aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama ) no combate ao desmatamento ilegal na região.

Além das tecnologias de monitoramento, conforme a Semarh, o Piauí tem promovido a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, destacando-se o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Esse método visa aumentar a produtividade sem expandir a fronteira agrícola, reduzindo a pressão sobre áreas de vegetação nativa e incentivando a preservação do Cerrado, um dos biomas mais ameaçados do país.

Outro fator que contribui para esses resultados é o investimento crescente do Piauí em reflorestamento e energia solar, área em que o estado se destaca como um dos maiores produtores nacionais.

A redução do desmatamento no Piauí tem implicações diretas na diminuição das emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO₂). Em nível nacional, a queda no desmatamento da Amazônia e do Cerrado resultou em uma redução de 400,8 milhões de toneladas de CO₂ em comparação com o ciclo anterior.