O senador piauiense Marcelo Castro afirmou, nesta segunda-feira (21), que o MDB acompanha de perto a ação do PSDB que pede a anulação da eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para o biênio 2025-2026. Em conversa com a imprensa, o parlamentar relativizou o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que é favorável à invalidação do pleito que estabeleceu o deputado emedebista Severo Eulálio (MDB) como próximo presidente da Alepi, e ponderou que é necessário aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Estamos acompanhando desde o início [o processo movido pelo PSDB]. O que saiu é um parecer da AGU, então vamos esperar o que o Supremo vai decidir sobre isso", ponderou o senador Marcelo Castro durante entrevista à imprensa.
João Mádison garante que parlamentares manterão eleição de Severo Eulálio
Em conversa com o GP1 , o deputado estadual João Mádison (MDB) afirmou que, caso o STF anule a eleição da mesa diretora da Alepi, os parlamentares do Legislativo piauiense manterão Severo Eulálio como próximo presidente da Casa em novo pleito.
"Não muda nada [manifesto da AGU] pois, se porventura, for anulada, faremos outra eleição e Severo será presidente. Já demos a palavra, e o MDB está muito tranquilo em relação a isso. Não tem problema, vamos esperar a decisão do Supremo e se mandar fazer uma nova eleição, faremos e Severo será o presidente e a chapa será a mesma, não vai mudar em nada. Todos os deputados têm palavra, eles já deram a palavra e será cumprida, Severo será presidente [da Alepi]", assegurou Mádison.
Entenda o caso
A Advocacia-Geral da União (AGU) foi favorável à Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pelo PSDB, que pede a anulação do pleito para a Mesa Diretora da Alepi, no qual o deputado Severo Eulálio (MDB) foi eleito para o biênio 2025-2026. O Partido acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o artigo da Constituição do Piauí que antecipa em dois anos a eleição do segundo biênio.
Segundo a manifestação, a eleição deve ser contemporânea, pois as eleições de duas chapas distintas em um único momento, como ocorreu no Piauí, para os mesmos cargos, impedem a renovação política esperada entre os mandatos, favorecendo a perpetuação do grupo político que detém a maioria no momento do pleito inicial. Em resumo, a AGU defende a realização de uma nova eleição para a composição da Mesa Diretora para o segundo biênio.