Vários dos três mil funcionários da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) que foram exonerados pelo presidente da Casa, deputado Franzé Silva (PT), no dia 08 de outubro, permanecem trabalhando em suas funções. Em entrevista ao GP1 , uma servidora da Casa confidenciou, sob sigilo de seu nome, que o clima é de incerteza a respeito de pagamentos devidos, como o 13º, por exemplo.
“Isso não é uma determinação que vem de ninguém [permanecer trabalhando mesmo após exonerados], de nenhum gestor, de que temos que nos manter no cargo, mesmo após exonerados. Nós temos que ter a plena consciência de que uma nova nomeação pode sair a qualquer momento, porque como estamos exonerados, sempre tem uma outra nomeação e nessa nomeação a gente conta que os nossos nomes estejam no documento, para sair no Diário Oficial da Alepi. Não houve reunião [dos funcionários] para acertar isso [permanecer no cargo]. Vai da consciência de cada um. Então, nós trabalhamos assim, com incertezas se vamos receber nosso 13º, se vamos receber o salário do mês”, confidenciou a funcionária.
A servidora explicou ainda que esses funcionários permanecem nos cargos esperando uma possível nova nomeação e contou a última vez em que os servidores receberam remuneração.
“[Continuamos trabalhando] em virtude das outras vezes. Já aconteceu outras vezes [exoneração em massa], inclusive quando o deputado Franzé Silva assumiu a presidência. Houve aquela exoneração, todos os comissionados foram exonerados e, aos poucos, houve nomeação para saber quem voltava aos seus cargos. Recebemos no dia 1º de outubro pela última vez. E para recebermos de novo em novembro referente ao trabalhado no mês de outubro, mas não temos essa certeza”, externou a servidora.
Outro lado
Procurada pelo GP1 , nesta segunda-feira (21), a assessoria da Assembleia Legislativa do Piauí não se manifestou sobre o caso. O espaço está aberto para esclarecimentos.